Em apenas 142 dias uma quadrilha paulista de assaltantes, que atacava clientes de banco, arrecadou R$ 262.326,46. Johny Valdo de Jesus Silva, 23 anos; Willian Alves da Silva, 25; Robson Santana de Almeida, 19, e Luiz Wagner Macedo Pires, 23, foram reconhecidos em 18 roubos, sendo 17 em Curitiba e um em São José dos Pinhais.
O delegado Renato Bastos Figueroa, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), acredita que o grupo praticou muitos roubos entre dezembro do ano passado e maio deste ano, quando foi preso no estacionamento do Shopping Curitiba, no centro da cidade, com R$ 6.350,00 em dinheiro, R$ 1.500,00 em cheques, uma pistola calibre 380, três motocicletas CG Titan, um Audi e uma camioneta GM S-10. ?Continuamos aguardando as vítimas para reconhecimento, mas também estamos trabalhando para prender outros envolvidos?, contou o delegado. Ele adiantou que duas pessoas, que auxiliavam o quarteto, já estão identificadas e devem ser presas nos próximos dias. ?É importante o reconhecimento das vítimas para que eles permaneçam mais tempo atrás das grades. Já pedimos a prisão preventiva destes quatro?, salientou Figueroa. Segundo ele, os assaltantes residiam em São Paulo e vinham para o Paraná para praticar os roubos. Hospedavam-se em hotéis e guardavam as motocicletas em estacionamentos para não levantar suspeitas.
Investigações
A quadrilha começou a ser investigada pelo Grupo Tigre (especializado em casos de seqüestro), já que os policiais haviam recebido denúncias de que uma quadrilha paulista estava na cidade para praticar seqüestros. Durante as investigações, os policiais descobriram que se tratava de assaltantes e repassou o caso ao Cope, que identificou e prendeu o quarteto.
Um dos bandidos ficava em filas de agências bancárias observando os clientes, enquanto seus comparsas ficavam do lado de fora. Pelo celular, ele descrevia a pessoa que fazia um bom saque no caixa, que era seguida e atacada logo que saísse da agência.