Quadrilha “limpa” prédio no Alto da XV

Moradores de três dos quatro apartamentos de um edifício situado na Rua Conselheiro Araújo, Alto da XV, passaram quatro horas de pavor nas mãos de assaltantes. Por volta das 22h de quinta-feira, quatro homens – dois deles armados – renderam o filho de um morador quando ele entrava na portaria e, assim, tiveram acesso ao prédio. O jovem ainda quis reagir, mas foi repreendido pelos marginais que o ameaçaram: "Quer morrer moleque!"

Segundo informações do delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), a vítima foi obrigada a entrar em seu apartamento, fazendo que com seus familiares também fossem rendidos. O apartamento serviu como "central de operações" para a quadrilha que, a partir dali, conseguiu render os demais moradores que chegavam. Apenas um apartamento não foi roubado. Três famílias foram amarradas com fita plástica e reunidas em um único apartamento. Dessa maneira, os ladrões tiveram tempo suficiente para escolher o que pretendiam roubar.

Os marginais levaram dólares, jóias, roupas e telefones celulares. O prejuízo das vítimas não foi calculado, mas o delegado acredita num alto valor. Antes de fugir, os ladrões danificaram os telefones fixos dos apartamentos. Assim, sem os telefones fixos e sem os celulares, os moradores não puderam ligar para pedir socorro, dando tempo para o grupo escapar.

A polícia só foi avisada às 8h de ontem, quando uma equipe da DFR se deslocou ao prédio para fazer uma avaliação. Foi informado que o grupo foi visto rondando o prédio desde as 20h, provavelmente à espera da primeira vítima.

Características

Conforme descrição dada ao delegado, dois integrantes tinham forte sotaque paulista e todos estavam bem vestidos, com ternos ou jaquetas. O provável líder do grupo foi descrito como de cor parda, aproximadamente 30 anos, 1.65m de altura, rosto com traços nordestinos e cabelo curto. Era o mais agressivo de todos, vestia terno e portava um revólver calibre 38. Os demais foram descritos como: moreno claro, 28 anos, 1.85m, forte, rosto redondo, cabelo raspado, com sotaque paulista e estava desarmado; o terceiro integrante era baixo, aproximadamente 25 anos, branco, cabelo castanho claro, vestia terno escuro e carregava um revólver 38 niquelado. O último era o mais novo do grupo, aparentava 20 anos, cabelo encaracolado e curto e era o mais falante – contou que tinha passagem pela polícia e um filho. Ele tinha um traje mais despojado com camiseta branca, jaqueta e uma calça estilo skatista.

Todos os detalhes sobre o assalto foram informados ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) que ficará responsável pelas investigações. A DFR ficará dando apoio às diligências.

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