Dez integrantes de uma quadrilha de tráfico internacional de drogas foram condenados a penas que variam de 10 a 22 anos de prisão, totalizando 172 anos. Apontado como chefe do grupo, Lourival Pires Ribeiro, o “Juca Pires”, recebeu a pena mais alta.
O bando foi desmantelado pela Polícia Federal na Operação Catimbó, em junho do ano passado, pelo cartão de visitas de uma madeireira, em nome de Robson Pires Ribeiro, encontrado no carro de Eder Souza Conde, um dos principais traficantes de Curitiba, preso no ano anterior e condenado a 22 anos de prisão. A polícia relacionou Robson a Lourival, que já havia sido preso em 1994 pela PF, e foi citado na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Narcotráfico, em 2000.
Apreensões
Na operação, mais de uma tonelada de cocaína foi apreendida e diversos bens, avaliados em aproximadamente R$ 10 milhões, foram bloqueados e sequestrados judicialmente. Dos 11 citados no processo, Orivaldo Schroeder é o único réu que não aparece como condenado. Ele foi preso em fevereiro do ano passado, dirigindo um caminhão abarrotado de droga no Mato Grosso (MT).
De acordo com a PF, a quadrilha trazia cocaína da Bolívia em voos clandestinos, em pistas de duas fazendas no Mato Grosso. A carga era transportada em caminhões adquiridos por Lourival. Além do Paraná, foram feitas buscas em Santa Catarina, São Paulo, Rondônia, Paraíba e Pernambuco, onde estavam ramificadas as atividades do bando.
O empresário Jideon Pereira Simas, condenado a 19 anos, era dono de uma escolinha de futebol em Joinville (SC) e acusado de lavar dinheiro do tráfico em sua empresa que, negociava a transação de jogadores de futebol. No site da empresa, Jideon é qualificado como representante oficial do São Paulo Futebol Clube.
Bens
Além da pena imputada aos réus, a sentença, que conta com 123 páginas, decretou que a quadrilha terá que devolver à União 13 veículos e ativos financeiros apreendidos durante as investigações.
