Uma simples investigação de furto e roubo de veículos fez com que policiais da delegacia de Toledo desmantelassem uma quadrilha envolvida com tráfico internacional de drogas, golpe em financeiras e furto e roubo de veículos, após sete meses de investigação. Ontem, foram presas mais sete pessoas, somando 15 até o momento. A polícia calcula que o grupo movimentou R$ 100 mil nos últimos meses.
O delegado Alexandre Macorin, chefe da 20.ª subdivisão, informou que começou investigando um furto de veículo ocorrido na região, que poderia ter envolvimento com o tráfico de drogas. No decorrer dos trabalhos foi apurado que havia uma grande quadrilha envolvida com tráfico internacional, com roubo e furto de veículos e golpes de financiamento. ?Como se trata de tráfico internacional, repassamos o inquérito para a Polícia Federal de Cascavel, mas continuamos nas investigações. As prisões foram solicitadas à Justiça Federal para não corrermos o risco de elas serem anuladas como ocorreu numa recente operação realizada pelo Ministério Público, na região, que ocasionou na libertação de todos os presos?, salientou o delegado.
Segundo ele, o grupo tinha diversos braços. ?Eles compravam as drogas no Paraguai e revendiam nas favelas de São Paulo?.
Alexandre contou que, além de roubar carros no Brasil e levar para o Paraguai para usar como moeda de troca para adquirir drogas, o grupo achou uma maneira mais segura para repassar os veículos, dificultando que fossem flagrados pela polícia. ?Eles financiavam carros em nome de ?laranjas? em São Paulo e vinham para o Paraguai, onde entregavam os carros. Depois não pagavam os financiamentos. Assim, o carro entrava no país vizinho legalmente?, explicou.
De acordo com as investigações, o grupo era liderado por Maurício Alves da Rocha, o ?Bola?, que foi o primeiro a ser preso, em abril deste ano. ?Ele era quem contratava as pessoas para transportar a droga. Também era o responsável por arrecadar os recursos para o bando?, salientou o delegado. Já Adriano Luís Roding, preso ontem, em Pato Bragado, de acordo com Macorin, seria parceiro de Maurício.
O delegado informou que ainda falta prender outras quatro pessoas, que seriam membros da quadrilha e não terão seus nomes divulgados para não atrapalhar as investigações. ?Continuamos as investigações para identificar e prender outras pessoas ligadas ao bando?, salientou.
