Quadrilha desarticulada esbanjava violência

A quadrilha acusada de executar Edson Capellari Andrade, 22 anos, na madrugada de quarta-feira, foi desmantelada na manhã de ontem pelos investigadores da delegacia de São José dos Pinhais. Ademir Bastregli, 23; Ademar Bastregli da Silva, 24; Celso de Oliveira, 23, e um menor são apontados também como autores de outros homicídios no município e de vários assaltos em chácaras e residências em Curitiba e região metropolitana.

De acordo com o superintendente da delegacia local, Altair Ferreira, os suspeitos foram detidos em suas casas, em São José dos Pinhais. Junto com o bando a polícia apreendeu quatro revólveres calibre 38, sendo um deles usado por Ademir para matar Edson. O assassino já vinha sendo procurado pela polícia, uma vez que tinha mandado de prisão expedido pela delegacia do município. Além de terem confessado o assassinato de Edson, o grupo confirmou ter realizado pelo menos cinco assaltos, sendo dois deles em São José dos Pinhais, outro no bairro Jardim das Américas, em Curitiba, e os demais em Piraquara e Quatro Barras. As fotos dos marginais foram repassadas à Delegacia de Furtos e Roubos, para que vítimas de assaltos possam reconhecer o bando. A polícia também acredita que os marginais tenham cometido pelo menos outros dois homicídios, motivados por acerto de contas, uma vez que a quadrilha também traficava drogas na região.

Assassinato

Edson foi assassinado dentro da casa do tio dele, Orandi Capellari, 34 anos, situada na Rua Claridade, São José dos Pinhais, onde estava morando há 15 dias. Os marginais teriam obrigado o próprio tio a ajudar a enrolar o corpo em uma lona e desová-lo em uma rua próxima. Em princípio, o tio da vítima negou o fato, afirmando que a última vez que viu seu sobrinho foi na noite anterior ao crime. Mais tarde, a polícia descobriu que o carro de Orandi, uma Caravan de cor preta, foi visto deixando o local onde o cadáver foi encontrado.

Edson agia junto com a quadrilha durante os assaltos, muitas vezes usando o carro de Orandi. A casa de Orandi também servia de depósito para os objetos roubados, fato que o torna conivente com a prática dos delitos. O homem foi então preso em flagrante por ocultação de cadáver e os demais detidos pelo mesmo delito, além de responderem por homicídio, assalto, formação de quadrilha e corrupção de menores.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo