Cinco homens acusados de integrar uma quadrilha, que roubava e furtava carros em Curitiba e os revendia em Santa Catarina, foram presos ontem em operação conjunta entre o Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) e a Diretoria de Investigação Criminal (Deic), de Santa Catarina. Sílvio Aparecido de Miranda, 24 anos, e Luciano França de Oliveira, 31, foram presos em Curitiba. As prisões de Marcos Roberto Espíndola, 31, Odair Nogueira, 33, e Fabiano da Silva, 29, ocorreram em Joinville (SC). Américo Francês, o ?França?, 50 anos, ainda é procurado pela polícia.
Durante a operação foram apreendidos um quilo de cocaína, utensílios de identificação de veículos e documentos falsificados. Além de um Fiat Siena roubado e um revólver calibre 38.
Sílvio foi preso na manhã de ontem em sua casa no Sítio Cercado, onde foi localizado o revólver. Além de cumprido o mandado de prisão temporária, Sílvio foi autuado por porte ilegal de arma. Já Luciano foi preso em sua residência, no Umbará. Em Santa Catarina, o delegado Rodrigo Green encontrou um quilo de cocaína, além de utensílios para adulterar o chassi e documentos de veículos, durante a prisão de Fabiano Silva. O homem também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. Marcos estava de posse de um Fiat Siena, cor prata, roubado em Curitiba, e foi autuado por receptação. ?Já identificamos o proprietário do carro?, contou Rodrigo.
?Todos foram presos temporariamente por cinco dias, mas vamos pedir que a Justiça decrete a prisão preventiva?, adiantou o delegado Sérgio Sirino, coordenador do Nurce.
Investigações
Sirino informou que as investigações começaram em Santa Catarina há aproximadamente 30 dias, quando policiais do Deic encontraram um carro furtado em Curitiba circulando pelas ruas de Joinville. Como as investigações catarinenses apontaram que os carros eram roubados na capital paranaense, eles solicitaram apoio do Nurce.
De acordo com a polícia, Sílvio e Luciano roubavam e furtavam carros e, no mesmo dia, os veículos eram levados para Joinville, onde o grupo mantinha um barracão. No local, os quadrilheiros faziam a adulteração do chassi e a falsificação da documentação. Posteriormente revendiam o carro.
A polícia apurou que, para que os veículos fossem legalizados, o grupo comprava veículos sinistrados (batidos) de seguradoras do nordeste do Brasil. ?Eles só aproveitavam o chassi e os documentos do carro sinistrado?, disse Sirino.
O delegado acredita que a quadrilha estava roubando e furtando carros em Curitiba há pelo menos três meses. Segundo ele, Luciano e Sílvio já tem passagens por receptação e roubo.