O Grupo de Diligência Especiais (GDE) de Foz do Iguaçu prendeu nesta quarta-feira (29), três adolescentes, de 17, 16 e 15 anos, suspeitos de participar de diversos roubos a residências na cidade. O grupo, que ficou conhecido como “quadrilha da roleta-russa”, amarrava, torturava e ameaçava as vítimas com um revólver para conseguir informações sobre bens e dinheiro.
“Devido à extrema violência usada, vínhamos tratando essas capturas como prioridade”, disse o delegado-chefe da 6.º Subdivisão de Polícia Civil de Foz do Iguaçu, Alexandre Macorin. Os garotos confessaram os roubos a três residências no bairro Conjunto A, mas só dois admitiram ter feito roleta-russa com as vítimas. “O revólver utilizado na tortura estava carregado e o adolescente de 15 anos usava cocaína antes dos crimes”, relatou o delegado.
A polícia acredita que o primeiro crime tenha acontecido em 15 de outubro, quando os três invadiram a casa de um bombeiro, praticaram diversas agressões e fizeram roleta-russa contra ele, sua esposa e seu filho de 2 anos. “O modo de ação deles era sempre o mesmo, entravam nas residências durante a chegada de um dos membros da família e amarravam todos. Enquanto um deles ficava na frente da casa, outros roubavam os objetos de valor,” disse delegado operacional do GDE, Luis Rogério Ramos Sodré, responsável pelo caso.
“Em uma das casas, o trio ficou por cinco horas, utilizavam o carro da família para transportar todos os objetos e, quando necessário, faziam duas viagens”, detalhou o delegado Sodré. Mais duas pessoas são suspeitas de fazer parte da quadrilha e estão sendo procuradas. A polícia já tem a identificação de um dos bandidos.
Com os adolescentes foram apreendidos um revólver calibre 38 e parte dos objetos roubados. “Serão acusados de roubo qualificado, formação de quadrilha e porte de arma”, disse o delegado-chefe Alexandre Macorin.