Atrás das grades

Quadrilha da dinamite é presa em ação policial conjunta

Três integrantes da principal “gangue da dinamite” foram presos e um dos líderes morreu em confronto com policiais, na operação realizada simultaneamente na Região Metropolitana de Curitiba e em Campo Mourão, Centro-Oeste do Estado. Participaram policiais militares, civis e federais. Foram apreendidas 77 bananas de dinamite, suficiente para destruir até 20 caixas eletrônicos. Três suspeitos são procurados e estão com prisão preventiva decretada.

Pelo menos cinco ataques a caixas eletrônicos – entre eles o do AutoShopping Curitiba no mês passado – são atribuídos à gangue comandada por Renan de Lima Dugonski, o “Calça”, 22 anos, que manuseava e guardava o explosivo, e Lucas Paixão Ferreira, foragido da Colônia Penal Agrícola. Renan foi preso sábado, em Campina Grande do Sul, com Jânio Alves Martins, o “Mineiro”, 33, também foragido da CPA. Jânio, segundo a polícia, participava efetivamente dos furtos. Lucas morreu em confronto com policiais em Campo Mourão, na sexta-feira. Com a prisão de Renan e Jânio, a polícia chegou até o fornecedor dos explosivos, identificado como José Ulisses dos Santos, o “Pachequinho”, 28, preso em Almirante Tamandaré.

Mais

A polícia ainda investiga a origem do material com o auxílio do Exército. O delegado Rodrigo Brown de Oliveira, da Delegacia de Furtos e Roubos, desconfia de que os explosivos foram roubados de uma pedreira em Almirante Tamandaré e, pelo número de série, será possível descobrir a origem do material. “Existem outras quadrilhas, inclusive, de fora do Paraná. Todas vão “cair’ nos próximos dias”, avisa o delegado.

O capitão Alexandre Lopes Dias, da Agência Central de Inteligência da PM, acredita que o número de ataques vai diminuir com essas prisões. Ele citou que, na semana passada, quatro homens foram presos em Ponta Grossa, suspeitos de furtos a caixas eletrônicos. Com esse grupo também foi apreendida farta munição e material explosivo. O secretário da segurança, Reinaldo de Almeida César, elogiou o trabalho das forças policiais.

Investigação

A polícia já estava no encalço da gangue da dinamite desde o registro da primeira explosão que ocorreu num posto de combustíveis em frente ao quartel do Exército, no Boqueirão, em julho do ano passado. Além desse episódio, a quadrilha também é suspeita de envolvimento em ataques ocorridos no segundo semestre do ano passado a caixas em Bocaiuva do Sul – que danificou até a prefeitura – Quitandinha, Agudos do Sul e Navegantes (SC), onde Jânio foi ferido em troca de tiros com policiais.

A última ação do bando foi a explosão de um caixa eletrônico no Auto Shopping Curitiba, na Linha Verde, ocorrido há menos de um mês. O setor de inteligência da polícia recebeu uma informação de que a gangue estava prestes a agir em Campo Mourão, e foi montada operação naquela cidade.

Anderson Tozato
Relembre a explosão no Autoshopping Curitiba na galeria de fotos e no vídeo.
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