Juarez foi morto às 11h de ontem,
com uma facada na barriga. Vizinho
(detalhe) foi preso como principal suspeito.

Com uma facada que lhe atravessou o ventre e deixou expostas as vísceras, o sucateiro Juarez da Silva, 24 anos, foi morto às 11h de ontem na Vila Verde, Cidade Industrial. Um punhado de ferro teria sido o motivo do desentendimento que levou ao assassinato, cujo suspeito é um conhecido e vizinho da vítima chamado Joaquim, 53 anos.

Perto das 10h45, Juarez apareceu em casa com um ferimento no rosto. “Ele disse que brigou com o Joaquim”, contou o irmão do sucateiro, Valdecir da Silva, 22 anos. O motivo da discórdia seria o suposto furto de um monte de ferro. Joaquim, dono do material, acusava o vizinho de tê-lo subtraído. “Meu irmão sempre cata ferro na rua, mas disse que não pegou de ninguém”, falou Valdecir.

Facada

O sucateiro saiu novamente de casa e 10 minutos depois levou uma profunda facada na barriga. Vertendo sangue, caminhou 200 metros em busca de socorro e caiu morto na Rua Deolindo Bertolini, em frente à casa de alguns sobrinhos. “Várias testemunhas assistiram à briga da vítima com Joaquim” relatou o soldado Fagundes, do 13.º Batalhão da PM.

Informados pelos moradores, os policiais foram ao endereço do suspeito, a poucas quadras do local do crime. Joaquim tomava chuva sobre a laje da casa. “Ele negou a autoria do assassinato. Mas as mãos dele e uma faca escondida sob o tapete da cozinha estavam sujas de sangue”, relatou o soldado. O suspeito foi detido e encaminhado à 3.ª Companhia do 13.º Batalhão da PM.

Negativa

Ainda dentro do camburão, Joaquim disse que era conhecido do sucateiro e costumava beber junto com ele. “O rapaz nunca me fez mal e nem eu a ele”, falou o homem, negando que alguém lhe tivesse roubado ferro. Ele afirmou também desconhecer a origem da faca ensangüentada na sua cozinha. “Moro com meus filhos, mas eles não andam com faca. Só se usaram para cortar carne”, falou. O objeto foi recolhido pela Polícia Científica, que vai determinar se a o sangue contido nele era ou não de Juarez. O caso passa agora às mãos da Delegacia de Homicídios.

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