Protesto realizado por familiares e amigos de Josuel de Oliveira da Silva, 32 anos, morto em confronto com policiais militares, na noite de quarta-feira, fechou ruas do Cajuru, no final da tarde de ontem. Os manifestantes arrastaram um carro abandonado até a movimentada esquina da Rua Trindade e Rua dos Ferroviários, e atearam fogo no veículo.
Daiana, viúva de Josuel, quer justiça. “Meu marido foi assassinado covardemente pela polícia. Ele pediu clemência, pois já estava dominado, e mesmo assim, foi morto com tiros nas costas”, desabafou.
Chuva
Por volta das 18h, mesmo com chuva, os manifestantes continuaram ao lado do carro em chamas e tentaram impedir o trabalho dos bombeiros. Os policiais militares do Batalhão de Operações Policias Especiais (Bope), tiveram que dar tiros de borracha e jogar bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Houve correria, mas ninguém ficou ferido.
O sargento Moreira conversou com os moradores e explicou que eles passaram do limite quando atearam fogo no carro no meio do cruzamento. “A manifestação é um direito, mas não pode comprometer a segurança das pessoas. Os tiros foram dados para o chão para dispersar os manifestantes e os bombeiros conseguissem trabalhar”. Ele disse que a morte do rapaz é investigada e, se for comprovada irregularidade na ação, os responsáveis deverão ser punidos.
Confira galeria de fotos do manifesto.