MParentes e amigos do mecânico Gláucio Batista de Lima, 28 anos, que morreu em suposto confronto com policiais militares, reuniram-se, por volta das 14h30 de ontem, para pedir justiça. Cerca de 50 pessoas participaram do protesto, na Rua Jovenilson Américo de Oliveira, Tatuquara. Gláucio foi baleado no final da madrugada de 25 de dezembro.

continua após a publicidade

Segurando cartazes, os manifestantes criticavam a atuação da polícia e afirmaram que Gláucio estava desarmado. “Se ele estivesse errado, tinha que levar preso. Não pode sair matando”, disse a cunhada da vítima, Ana Carolina Castro, 18. “Os policiais passam aqui com porrete, batendo até em criança. Os tiros que eles dizem ter escutado eram foguetes”, afirmou Adriano César Canofre, 29, conhecido do rapaz. Quatro viaturas do 13.º Batalhão da Polícia Militar permaneceram no local até os manifestantes se dispersarem.

Versões

O tenente Cruz contou que os policiais seguiam para uma ocorrência no Jardim Bela Vista, quando ouviram disparos vindo de um beco nas Moradias da Ordem. A equipe encontrou dois homens atirando para o alto. Quando tentaram abordá-los, os suspeitos correram, atirando contra a viatura, segundo o oficial. No revide, o mecânico foi atingido e morreu a caminho do hospital. De acordo com o tenente, com o suspeito foi apreendido um revólver calibre 38 com três munições deflagradas e duas intactas.

continua após a publicidade

A família contesta a versão e afirma que os policiais invadiram a casa onde eles estavam e ordenaram que todos se deitassem. Em seguida, exigiram que corressem deixando Gláucio para trás. O tenente informou que a PM abriu procedimento interno para investigar o caso.