Prorrogada a prisão de Onaireves Moura

Foi prorrogada por mais cinco dias a prisão temporária dos nove presos durante a Operação Cartão Vermelho. O ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Rolim de Moura, 60 anos, o diretor financeiro da entidade, Cirus Itiberê da Cunha, 57, Carlos Roberto de Oliveira, 62, Marco Aurélio Rodrigues, 37, Laércioa Polanski, 47, José Johelson Pissala, 59, César Alberto Teixeira de Oliveira, 43, Vanderlei Manoel Ignácio,45, e Roberto Tiboni, 54, foram presos na última terça-feira, sob a acusação de desvio de dinheiro. Eles devem ficar recolhidos no Centro de Triagem II, em Piraquara, até a próxima quinta-feira.

O delegado Sérgio Sirino, chefe do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), informou que o pedido de prorrogação foi feito devido à complexidade das investigações. ?Temos que confrontar os depoimentos e analisar a documentação apreendida?, avisou Sirino. Apesar de as informações colhidas pela polícia serem mantidas em sigilo para não atrapalhar as investigações, o delegado Robson Cezar da Silva Barreto adiantou que a dívida real da Federação é de R$ 40 milhões.

Depoimentos

De uniforme laranja – padrão do Centro de Triagem II, em Piraquara -, Moura chegou ao Nurce, às 10h de ontem, junto com Cirus Itiberê, também presidente da Comissão Fiscalizadora de Arrecadação (Comfiar). Porém, o cabelo dos dois não foi raspado, como é de praxe fazer com o dos demais detentos daquela unidade prisional.

Cirus só começou a ser interrogado às 14h40. Ele foi acompanhado por seu advogado, Roberto Brzezinski Neto e permaneceu no cartório até as 17h. ?Ele não acrescentou nada às investigações?, resumiu o defensor.

Enquanto Cirus era interrogado, Moura conversava com seu advogado, Eliezer Castro de Queirós. O ex-presidente da FPF não quis falar sobre a prisão, alegando que não estava em condições de conceder entrevistas, mas prometeu escrever uma carta explicando as acusações.

Após quase sete horas de espera, Moura e seu defensor entraram no cartório, onde ele foi interrogado. Até as 19h, ele ainda prestava depoimento à polícia. Moura foi o último dos nove presos a ser interrogado.

Comfiar é lacrada

Marcelo Vellinho

Walter Alves
Mais provas são recolhidas.

Policiais do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce) e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) cumpriram mandado de busca e apreensão na sede da Federação Paranaense de Futebol (FPF) e lacraram, na manhã de ontem, o escritório da Comissão Fiscalizadora de Arrecadações (Comfiar). Segundo a polícia, a comissão, criada em 2005, era utilizada para desviar verbas que seriam da federação. Também foram recolhidos documentos da Comissão de Construção do Estádio do Paraná (Cocep), outra empresa que seria usada para o mesmo fim.

A polícia também apreendeu dois veículos – uma Parati e uma Pajero -, penhorados para pagamento de dívidas, e um notebook do Departamento Financeiro da FPF.

O trabalho foi conseqüência de informações obtidas durante a Operação Cartão Vermelho, deflagrada na terça-feira, que resultou na prisão do ex-presidente da FPF, Onaireves Nilo Rolim de Moura, e de mais oito pessoas. Eles são acusados de desvio de dinheiro, fraudes, estelionato e apropriação indébita. ?Já havia sido cumprido mandado de busca e apreensão na sede e, hoje, voltamos para complementar o trabalho em função de informações surgidas nos depoimentos dos detidos?, explicou o delegado operacional do Nurce, Alexandre Bonzatto.

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