As promotoras Carolina Dias Aidar e Fernanda Maria Motta Ribas, que denunciaram Juarez como autor do atentado ocorrido no Morro do Boi, se apressaram em ouvir Paulo, ontem à tarde, na delegacia.
Até a tarde de sexta-feira, Carolina ainda garantia ao Paraná Online que não “moveria um dedo” para modificar o processo contra Juarez, porque estava convicta de que ele era o culpado.
Convencida pelas provas testemunhais e pelo reconhecimento feito por Monik, a promotora praticamente ignorou as testemunhas de defesa e as negativas do acusado.
As testemunhas que depunham a favor de Juarez foram ameaçadas de prisão por falso testemunho e uma delas chegou a ser indiciada em inquérito, a pedido de Carolina, uma semana antes de ser ouvida em juízo.
Contradição
Ontem, depois de ouvir a confissão, Carolina e Fernanda disseram que Paulo caiu em contradição diversas vezes ao descrever o crime, que suas informações são contraditórias com as provas até agora colhidas e que são desencontradas, principalmente no que diz respeito aos relatos feitos por Monik. “A confissão não encontra amparo no presente processo”, afirmaram.
O interrogatório foi anexado aos autos, mas seu teor não foi divulgado. Sabe-se porém, que ele revelou ter atacado Osíris e Monik para assaltá-los e que teria atirado neles porque o rapaz reagiu.
Mesmo demonstrando cautela diante das novas provas, as promotoras pediram que seja feita a reconstituição do crime, segundo a versão de Paulo; que Monik faça o reconhecimento dele e que ele faça o dela.