Promotoria denuncia assassinos de estudante

A Promotoria de Justiça de Almirante Tamandaré denunciou na quarta-feira passada sete ex-funcionários da empresa de vigilância Centronic, por envolvimento nos crimes que levaram à morte do estudante Bruno Strobel Coelho Santos, de 19 anos, flagrado pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da XV, em Curitiba, na madrugada de 3 de outubro. Marlon Balem Janke, Eliandro Luiz Marconcini, Ricardo Cordeiro Reysel, Leônidas Leonel de Souza e Emerson Carlos Roika (atualmente presos na Delegacia de Polícia de Almirante Tamandaré) e Roberto Prado Franchi, foram denunciados pelos crimes de formação de quadrilha armada, tortura mediante seqüestro, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Outro funcionário, que também está preso na mesma delegacia, Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, foi denunciado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A denúncia foi feita com base nos autos de inquérito policial n.º 2007.1511-9, da Delegacia de Polícia de Almirante Tamandaré.

O homicídio foi considerado triplamente qualificado por ter sido praticado, na opinião do Ministério Público, nas seguintes condições: 1) Para assegurar a impunidade do crime de tortura, uma vez que a vítima, ao gritar que era filho do jornalista Vinícius Coelho, teria sido considerada uma ameaça concreta à impunidade dos acusados, que não seriam reconhecidos se a vítima estivesse morta; 2) por ter usado meio cruel, uma vez que os acusados teriam feito o rapaz viajar amordaçado, confinado no porta-malas de um carro, e o matado com um tiro único na cabeça, e 3) por recurso que dificultou a defesa da vítima, que estava subjugada e rendida por várias pessoas. Segundo a promotoria, Bruno teria sido seqüestrado inicialmente por uma e, depois, por duas pessoas, torturado por seis, e morto por sete acusados, estando todos eles armados e com treinamento na área de segurança.

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