Promotor do caso Isabella agora adota cautela e critica imprensa

O promotor Francisco Cembranelli, responsável no Ministério Público Estadual (MPE) pela investigação da morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, que caiu do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo, adotou nesta terça-feira (8) um discurso mais cauteloso em entrevista sobre o andamento das investigações. Segundo Cembranelli, "todas as especulações da imprensa são muito precipitadas" e é preciso aguardar os dados oficiais. Cembranelli reuniu-se nesta terça-feira (8) por duas horas com o delegado Calixto Calil Filho, do 9º Distrito Policial, que voltou a pedir sigilo nas investigações.

Conforme Cembranelli, a informação de que as manchas encontradas no carro de Alexandre Nardoni, pai de Isabella, não são de sangue – atestada por peritos do caso – não consta do laudo e ainda não há posição oficial do Instituto de Criminalística (IC) sobre a questão. "Nada foi comprovado. É especulação. Aguardo a posição oficial do Instituto de Criminalística", disse. O promotor, que inicialmente acreditava que as investigações pudessem ser concluídas em 30 dias, evitou fornecer um novo prazo para o encerramento do processo. "Sei que a sociedade quer respostas. Eu também quero. Mas temos de ter calma suficiente para apresentação de um resultado que satisfaça a todos", afirmou.

Conforme o promotor, outros depoimentos ainda serão tomados pela polícia, mas não há data prevista. Cembranelli afirmou que é contrário à libertação do pai e da madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, uma vez que o Ministério Público já teria manifestado que os fundamentos para decretação da prisão "estão todos presentes". Na sexta-feira (4), o promotor afirmou, em entrevista coletiva, que a versão dos suspeitos era "fantasiosa" com base na leitura dos depoimentos de Alexandre e Anna Jatobá. Segundo ele, havia contradições nos relatos. Ele chegou a citar exemplos de divergências nos depoimentos que corriam em sigilo.

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