Seqüestro, tortura e homicídio praticado por meio cruel, para garantir a impunidade de outro crime e por recurso que dificultou a defesa da vítima. Por estes crimes o promotor Marcelo Briso Machado deverá denunciar os vigilantes da Centronic envolvidos no crime que vitimou o estudante Bruno Strobel Coelho Santos, 18 anos, no começo de outubro.
A denúncia deverá ser oferecida nos próximos dias, mas o promotor adiantou que o vigilante Marlon Balem Janke, 30 (preso no último dia 19), e Ricardo Cordeiro Reysel, 32 (foragido), irão responder pelo seqüestro do estudante até a sede da Centronic. Pela tortura serão denunciados os vigilantes Leônidas Leonel de Souza, 29 (também foragido), Eliandro Luiz Marconcini, 25, Emerson Carlos Roika, 24, além de Marlon e Ricardo. Isto porque diversas testemunhas afirmam que todos torturaram o jovem. O único que não irá responder por este crime é o vigilante Douglas Rodrigues Sampaio Rodrigues, 26, mas, assim como todos os outros acusados, será denunciado pelo homicídio. Segundo o promotor, os vigilantes que não participaram da execução serão denunciados como co-autores. ?Eles poderiam agir para impedir o resultado morte e não fizeram isso?, salientou.
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Para que a denúncia seja encaminhada à juíza Josiane Ferreira Machado Lima, de Almirante Tamandaré, o promotor aguarda que a polícia ouça mais uma testemunha. O delegado Jairo Amódio Estorílio deverá intimar mais um vigilante, identificado apenas como Roberto, esta semana.
O gestor da empresa de segurança Centronic, Vilso Grassi, 45, que continua foragido, e o proprietário da empresa, Nilso Rodrigues de Godoes, devem ser denunciados separadamente. O promotor Marcelo Briso Machado disse que irá solicitar investigações para apurar mais casos de agressão nas dependências da empresa.
Ele pede para que vítimas entrem em contato com a promotoria através do telefone 3657-2294 ou com a delegacia de Almirante Tamandaré no 3657-1220.