Um professor de um centro de educação infantil municipal de Curitiba é suspeito de ter abusado sexualmente pelo menos 15 alunas, com idades entre 10 e 14 anos. O Paraná Online recebeu denúncia de um leitor que se mostrou indignado pela Justiça decidir manter o educador em liberdade.
De acordo com a denúncia, o professor se aproximava das alunas durante as aulas, abaixava-se perto delas, como se fosse ajudá-las a fazer as atividades, colocava as mãos entre as pernas das meninas, dentro da calcinha e acariciava as partes íntimas.
O processo corre em segredo de Justiça, mas a população está indignada. Um pai, por exemplo, desconfiou que a filha fosse uma das vítimas ao ouvir, dentro do ônibus, um comentário de que alunas eram abusadas na instituição por um professor. Ao chegar em casa, ele conversou com a menina e ela confirmou o crime.
Segredo
Por segurança, ninguém da Secretaria de Educação e do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) divulgou o nome do suspeito. O professor continua em liberdade até que o caso seja esclarecido.
A delegada-operacional do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria), Sabrina Barreiros Alexandria, explicou que o juiz João Henrique Coelho Ortolano, da Vara de Crimes contra a Criança e Adolescente, não avaliou ser necessária a prisão do professor. “No entendimento do juiz, o suspeito estar em liberdade não significa que ele vá continuar fazendo o que supostamente fazia”, disse.
Mais de 35 pessoas, entre vítimas e testemunhas, foram ouvidas pela polícia. “As denúncias começaram no dia 29 do mês passado e pelo menos 15 situações de violência contra as alunas foram registradas”, comentou a delegada.
Mandado
A Justiça expediu mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, determinou que ele mantivesse distância das alunas e que fosse afastado das atividades. De acordo com a Secretaria Municipal da Educação, o educador é funcionário público concursado e não está mais exercendo suas atividades. Foi aberto processo administrativo pela Procuradoria-Geral do Município. A polícia apreendeu o computador do professor e vai investigar se ele mantinha contato com as supostas vítimas pela internet.