Informações de que um professor da rede estadual de ensino estava falsificando e comercializando históricos escolares, levaram investigadores do 8.º Distrito Policial (Portão) a localizar e prender Denilson Pereira, 32 anos. O detido lecionava em um colégio no bairro Tatuquara, onde ministrava aulas de português e inglês. A prisão aconteceu na noite de terça-feira, na residência do acusado. No local foram apreendidas evidências do crime.
De acordo com o delegado Hertel Rehbein, a polícia recebeu uma denúncia e começou a trabalhar. Na noite de terça-feira, os investigadores foram até a residência do suspeito, na Cidade Industrial de Curitiba, e efetuaram a detenção. Na casa foram apreendidos históricos escolares falsificados, carimbos confeccionados com nomes de colégios estaduais e de seus respectivos diretores e também um computador. No computador estava instalado o programa responsável pela confecção dos históricos escolares. O delegado relatou ainda que após a montagem do documento, o professor falsificava as assinaturas necessárias para a autenticação do mesmo. Os históricos escolares eram vendidos para pessoas interessadas em realizar provas em concursos públicos.
Para a polícia, Denilson admitiu ter vendido doze históricos escolares, cujos preços variavam entre R$ 120,00 e R$ 300,00. Entretanto, o delegado acredita que um número maior tenha sido comercializado. Diante do flagrante, o professor foi autuado por falsificação de documento público. A pena prevista para esse crime varia entre 2 e 6 anos de reclusão. A vida do educador pode se complicar mais ainda devido a outros delitos praticados. Apesar de dar aulas para crianças e adolescentes, Denilson tem antecedentes criminais por outros três distritos policias em Curitiba (1.º DP; 2.º DP e 11.º DP) onde respondeu por receptação, estelionato, roubo, difamação e calúnia. O professor permanece preso na carceragem do 8.º DP. Ele não quis prestar esclarecimentos à imprensa sobre a prisão.
O delegado pede para as pessoas que adquiriram esse documento ilegal que procurem o distrito policial e prestem esclarecimentos. Caso contrário, se forem descobertas, serão indiciadas em crime por uso de documentação falsa.