Bacha (no detalhe) foi assassinado
dentro de casa.

O professor Teófilo Bacha Filho, 58 anos, membro do Conselho Estadual de Educação do Paraná, foi assassinado dentro de casa, provavelmente na madrugada de ontem. A empregada encontrou o corpo pela manhã, ao entrar no apartamento 21 do Edifício Regency, na Alameda Presidente Taunay, Bigorrilho, onde a vítima morava sozinha. Os assassinos levaram o carro e a carteira do professor. Eles usaram utensílios domésticos para cometer o crime.

O corpo, localizado às 8h30, estava nu, deitado na cama do quarto. O apartamento estava revirado e havia respingos de sangue no corredor e no cômodo onde foi cometido o crime. Segundo a perita Clélia Fila, da Polícia Científica, os assassinos usaram uma banqueta e um vaso para golpear a vítima na cabeça, e ainda a estrangularam com um cabo de antena de televisão e uma cinta. Ela acredita que Bacha foi morto no início da madrugada de ontem.

Conhecidos

A Delegacia de Homicídios suspeita que os autores conheciam o professor. “Ele recolheu duas pessoas no apartamento. Havia três copos e três pratos sujos”, falou Paulo Roberto Knupp, superintendente da DH. Os autores roubaram talões de cheques, cartões de crédito, telefone celular e fugiram com o Honda Civic da vítima. Um aparelho de som foi colocado próximo à porta, mas os autores não o levaram.

As entradas e saídas do prédio são acompanhadas por câmeras de monitoramento, mas não há gravação das imagens. O porteiro que trabalhou pela madrugada já havia deixado o serviço quando o crime foi descoberto, mas seu nome e endereço foram apurados pela polícia, para que seja ouvido em breve.

A DH apurou que era constante o vaivém de pessoas no apartamento do professor. “Já há nomes de dois suspeitos e estamos tentando localizá-los”, falou o superintendente. Além dos objetos usados para matar a vítima, copos, pratos e uma garrafa de vinho foram recolhidos pela Polícia Científica, que tentará colher impressões digitais dos autores.

Bacha era conselheiro e já tinha ocupado a vice-presidência do Conselho Estadual de Educação, além de ter sido diretor da TV Educativa. Trabalhou como assessor direto do ex-governador Álvaro Dias e de Roberto Requião, em seu primeiro mandato, e também como professor no Colégio Santa Maria. Parentes dele vêm de São Paulo para liberar o corpo no Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.

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