O helicóptero Robinson 44 prefixo PT-YAN, que foi usado pelo governo do Estado durante a operação verão, é procurado pela polícia de São Paulo. O verdadeiro proprietário da aeronave entrou com o pedido de reintegração de posse, uma vez que a pessoa que o comprou e locou para o governo não efetuou o pagamento do veículo.
O helicóptero foi usado pela Polícia Civil, no litoral do Paraná, entre os dias 26 de dezembro e 24 de janeiro. Porém, no dia 17 do mês passado, o pedido de reintegração já havia sido feito. De acordo com documento encaminhado ao governo do Estado, o veículo estaria voando sem seguro, nas mãos de um piloto com habilitação vencida e decolando e pousando à revelia do Departamento de Aviação Civil.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o helicóptero foi cedido sem custo ao governo pela empresa Destiny Táxi Aéreo, do empresário Rogério Nicolini. Antes do contrato ser firmado, a Sesp afirmou que ordenou o levantamento dos antecedentes criminais do proprietário e a situação do helicóptero no Departamento de Aviação Civil. Como a situação estava regular, o aval foi dado.
Ainda de acordo com a secretaria, os pilotos também foram disponibilizados pela empresa e quem estava com a carteira de habilitação vencida seria Nicolini, que em momento algum conduziu a aeronave. O acordo tratado isentou o governo de pagar qualquer custo pelo serviço, uma vez que a vantagem para as empresas patrocinadoras seria a dedução do imposto de renda. De acordo com a Sesp, o advogado do proprietário lesado não comunicou à secretaria a irregularidade e, por isso, o helicóptero continuou a ser usado pelo governo até o término do contrato. Mediante a situação, o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, ordenou que a Polícia Civil se empenhe na busca da aeronave, que sumiu após a Operação Verão, mas foi vista na última terça-feira numa chácara de Guaratuba.