Demora

Processo contra Carli Filho está emperrado

As duas testemunhas que faltam para finalizar as audiências da fase de instrução do caso do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho ainda não foram encontradas para prestar depoimento.

Essas testemunhas seriam ouvidas por carta precatória, já que residem em São Paulo. Carli Filho é acusado de provocar o acidente, em maio do ano passado, no Mossunguê, que causou a morte de Gilmar Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida.

O processo foi para o Tribunal do Júri de Curitiba, após ele ser denunciado pelo Ministério Público Estadual por duplo homicídio com dolo eventual. Porém, já se passaram 20 dias do interrogatório do ex-deputado e o processo emperrou.

Diante da demora, o advogado Elias Mattar Assad, da família Yared, entrou com pedido para que o processo seja retomado (e agilizado), mesmo sem as testemunhas que seriam ouvidas por carta precatória.

Testemunhas

Segundo Assad, o Código de Processo Penal determina que é possível retomar o processo mesmo sem o cumprimento de precatórias. O pedido do advogado foi fundamentado na avaliação que essas testemunhas não seriam úteis, pois não foram presenciais.

Uma das pessoas a serem ouvidas é um instrutor de artes marciais, que não obedeceu a intimação da Justiça paulista. A outra é o proprietário de um restaurante, também em São Paulo. Ele ainda não foi encontrado pela Justiça.

Depois que as cartas precatórias forem concluídas, ou depois que o juiz responsável pelo caso no Tribunal do Júri, Daniel Surdi de Avelar, decidir, cada parte envolvida terá cinco dias para se pronunciar (acusação, defesa e júri) e somente depois disso é que o juiz decidirá se Carli Filho vai a júri popular (fase da pronúncia).