Stress alto e desequilíbrio emocional são alguns dos reflexos da superlotação, que podem provocar mais violência nos presos.
É o que aponta o sociólogo e professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) João dos Santos Filho.
Ele endossa a defesa de que prisão é para pessoas de alta periculosidade. Para os outros presos, a aplicação de medidas educativas com acompanhamento seria uma solução para diminuir o número de presos. ?Essa medida dá certo em outros países, como nos Estados Unidos, porque quem rouba por não ter emprego, por exemplo, não é um preso de alta periculosidade. E esses delitos menores correspondem a 80% dos presos?, afirma.
Mas há um outro lado.
Sem acompanhamento da família e do preso no sistema prisional, aquele que cometeu uma pena considerada menor, tem grande probabilidade de voltar a praticar crimes, segundo o sociólogo.
?Se não há acompanhamento da família, essa pessoa vai voltar para casa, ver o filho chorar porque não tem comida e a primeira bolsa que ele ver na esquina ele vai roubar novamente?, exemplificou Santos Filho. (LC)