Primos são seqüestrados no Fazendinha e mortos no Orleans

Quando veio de Toledo para visitar alguns parentes, o jovem Volnei Lucas Bergoni, 20 anos, não contava com a onda de violência que tomou conta de Curitiba e Região Metropolitana neste final de semana e tornou-se mais uma das inúmeras vítimas fatais. Ele e o primo, Edimarcos Lucas, 24, que morava no bairro Fazendinha, foram seqüestrados e executados, cada um com um tiro na nuca, no final da noite de domingo, no Orleans. Os corpos foram encontrados no início da madrugada de ontem, caídos na Rua da Pedreira.

O duplo assassinato está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios, que apurou algumas informações a respeito das mortes. ?Os dois jovens saíram no domingo, com a namorada de Edimarcos, e quando estavam chegando em casa, na Rua Dinarte Santos Ribeiro, foram arrebatados pelos criminosos?, contou o superintendente Dilso Morgerot. De acordo com relatos de testemunhas, três indivíduos aguardavam as vítimas num Mille preto, estacionado nas proximidades. ?Quando os primos surgiram, um dos marginais desceu do carro, foi em direção a eles e os colocou no veículo?, descreveu Dilso. A polícia acredita que Volnei e Edimarcos tenham sido executados na Rua da Pedreira, onde foram encontrados. ?Os corpos estavam próximos um do outro e a cena indica que eles tenham sido mortos no local?, disse.

O motivo do duplo homicídio ainda é bastante misterioso para a polícia. Considerada a principal testemunha do seqüestro, a namorada de Edimarcos deverá ser ouvida nos próximos dias. ?Ela é peça-chave nas investigações. Vamos apurar o que ela viu?, contou Dilso. ?Também vamos levantar se Edimarcos se envolveu em alguma confusão e onde os três estiveram no domingo?. A polícia não descarta a possibilidade de as mortes terem sido conseqüência de alguma briga ocorrida durante a noite ou, até mesmo, de se tratar de um crime passional.

Família em desespero

As mortes chocaram a família do jovem e revoltaram Vitório Bergonce, pai da vítima. ?As autoridades devem ter mais competência para inibir este tipo de coisa. A gente vem aqui a passeio e fazem uma crueldade dessas com ele?, lamentou. De acordo com Vitório, Volnei trabalhava na Sadia, estudava em uma faculdade e pertencia a uma banda que tocava há cinco anos na igreja que freqüentava. ?Era o rapaz mais querido de Toledo?, declarou o pai.

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