Um trecho de aproximadamente 140 quilômetros da BR-277, entre Foz do Iguaçu e Cascavel, na região oeste do Paraná, é responsável por 67% das apreensões de maconha feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Brasil.

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Apenas entre janeiro e agosto desse ano, 43 toneladas foram apreendidas por policias dos postos de Cascavel e Foz do Iguaçu. Em âmbito nacional, a PRF já apreendeu pelo menos 64 toneladas de maconha em 2010.

Segundo o inspetor Emerson Luiz de Jesus, da delegacia da PRF de Cascavel, a elevação da apreensão nessa região é fruto da preparação e conhecimento dos policiais.

“Esses números representam os resultados das fiscalizações feitas pela PRF nessa região. Seja por meio de carro, ônibus ou caminhão, os policiais estão sempre evoluindo as fiscalizações com intuito de flagrar as mais diferentes formas de tráfico”, diz.

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Segundo ele, com a experiência os policiais aperfeiçoaram as técnicas de entrevista e observação sistemática de possíveis suspeitos. “Isso contribui, juntamente com o banco de dados da instituição, para combater o transporte de substâncias ilegais”, frisa.

Além do trabalho destacado pelo inspetor, a proximidade com a tríplice fronteira facilita a ação do tráfico na região. “A apreensão aqui é alta em virtude da produção paraguaia, cuja safra existe de três a quatro vezes ao ano. Mesmo assim, grande parte dessa produção é estocada para ser distribuída ao longo do ano. Por isso, o fluxo constante de apreensões”, diz.

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Rota

Ao passar pela fronteira, Emerson explica que grande parte da droga proveniente do Paraguai é levada para estados vizinhos. “O destino final tanto da maconha quanto para a cocaína e pasta base são os grandes centros da região sudoeste, tais como São Paulo, Rio de Janeiro e até mesmo Espírito Santo”, diz.

Para chegar a essas regiões, porém, é preciso passar por Curitiba. “Por conta dessa passagem, parte desses carregamentos é deixado na capital para abastecer o tráfico local”, ressalta. Após a região de Cascavel e Londrina, a PRF destaca a fronteira de Guaíra, também no oeste, como segunda opção para entrada das drogas no Brasil.