Apontados como autores do assassinato da adolescente Daiane Cristina da Silva, 15 anos, os irmãos Adriano de Oliveira da Cruz, o “Adri”, 22, e Anderson Oliveira Cruz, mais conhecido como “Boizão”, 18, foram presos por policiais do 11.º Distrito Policial (Cidade Industrial). Um garoto de 17 anos, acusado de envolvimento no assassinato, foi apreendido e conduzido à Delegacia do Adolescente. Com passagens por furto pela polícia, os irmãos ainda são acusados de atuarem como traficantes na Vila Nossa Senhora da Luz, especificamente na Praça Quatro.
O delegado Sérgio Taborda, titular do 11.º DP (CIC), informou que os irmãos negam o envolvimento na morte da garota, que aconteceu no início da madrugada do último dia 4 de outubro, mas duas testemunhas os reconheceram e ao adolescente. Uma delas informou que Daiane era viciada em crack. Acompanhada de uma amiga, naquela madrugada, ela foi comprar uma pedra de crack dos irmãos, pelo valor de R$ 10,00. Só que as adolescentes só deram R$ 4,00, pegaram a droga e correram. Ao perceberem que tinham sido enganados, os irmãos e o garoto de 17 anos, armados com facas, correram atrás das garotas, que resolveram se separar. A amiga de Daiane conseguiu fugir, mas ela não teve a mesma sorte e foi alcançada e ferida com dois golpes de faca, na Rua Leonardo Cândido Ferreira, esquina com a Rua Ivo Odia, perto da Praça 3. A adolescente morreu no local.
Versão
Já a garota que acompanhava Daiane forneceu outra versão à polícia. Ela disse que as duas estavam indo até a Praça Quatro comprar crack, quando foram abordadas por três rapazes e perseguidas. As duas jovens se separaram. A acompanhante de Daiane conseguiu despistar os criminosos, pulando o muro de uma residência. Já Daiane foi alcançada e assassinada. “Os comentários na Vila Nossa Senhora da Luz são de que as meninas tentaram enganar os traficantes, por isto foram mortas. Nenhum dos presos nem o adolescente apreendido confirmam ser os autores. Portanto, não contaram o que realmente aconteceu”, salientou o delegado.
Taborda informou que as investigações continuam para apurar quem é o “patrão” dos irmãos Adriano e Anderson. “Certamente eles são vapores de um dos grandes traficantes da região”, salientou o delegado.
