Suspeitos de assaltos, Fabiano Batista Ribeiro, 21 anos, e os irmãos Leonel e Marcio Boulad, de 20 e 25, foram presos na manhã de ontem. Segundo a polícia, eles estavam em uma casa abandonada da Travessa da Ema, na Vila Sapolândia, Gralha Azul, em Fazenda Rio Grande, e pertencem a uma quadrilha comandada pelo foragido da Colônia Penal Agrícola (CPA) Edio Oliveira Rocha, 21, o “Edinho”. Edio é suspeito de ter participado da morte do vereador Valdomiro Francisco da Silva, o “Miro Siqueirense”.
Segundo o investigador Gogola, da delegacia de Fazenda Rio Grande, uma equipe policial foi até a casa usada como mocó para tentar capturar “Edinho”, mas ele já havia fugido.
“Encontramos os três, com um revólver calibre 38 carregado com cinco munições e caximbo usado para fumar crack”, contou o investigador. Os três foram levados para a delegacia para que fossem ouvidos.
Reconhecimento
Pouco tempo depois, os policiais encontraram o Golf placa AJL-0262, abandonado, nas proximidades do mocó. “Conversamos com o dono do carro e ele disse que três homens haviam invadido a sua casa na noite de terça-feira, agredido seus familiares e fugido com o carro”, relatou. A vítima disse que os bandidos agiram com violência e deixaram toda a família psicológicamente abalada.
A vítima foi até a delegacia e, em um primeiro momento, não reconheceu os três, pois segundo ele, na hora do crime eles usavam bonés e tentavam esconder o rosto.
“O homem teve certeza que eram eles que haviam roubado a sua residência quando eles colocaram os bonés e também porque o Fabiano estava usando uma camiseta levada da casa”, completou Gogola.
Outros
O policial acredita que os três, juntamente com “Edinho”, praticaram outros crimes, tanto em Fazenda Rio Grande quanto em municípios vizinhos. “Já temos outras pessoas que fizeram reconhecimento. Eles são suspeitos de alguns assaltos a ônibus, postos de gasolina e residências.”
Mesmo reconhecidos pelas vítimas, os três negaram os crimes e disseram que só estavam na casa, porque são usuários de crack e freqüentam o local para consumir a droga e passar as noites.
Assassinato do vereador
Quando o vereador Miro Siqueirense foi assassinado, em 21 de agosto de 2006, “Edinho” tinha 19 anos. Ele é acusado de cometer o crime com um adolescente, de 16. No início do ano passado “Edinho” foi preso por roubo e foi transferido para a CPA, onde cumpriu pena até julho deste ano, quando fugiu.
Na época do assassinato do vereador, a polícia apurou que o cabeleireiro José Vilmar Luciano, 47, que era suplente de Miro, na Câmara de Fazenda Rio Grande, teria encomendado o crime. Segundo a acusação, José Vilmar passava por dificuldades financeiras e, com a morte do colega, assumiria a vaga na Câmara.
