Quatro marginais, que vinham cometendo sequestros relâmpago entre Ponta Grossa e Prudentópolis, desde sexta-feira, foram presos na manhã do último domingo.
Daniel dos Santos, 20 anos, André Silveira Schneider, da mesma idade, e mais dois adolescentes de 17 anos um deles líder da quadrilha e autor de pelo menos quatro homicídios na região foram reconhecidos pelas vítimas.
O primeiro crime ocorreu pouco antes do meio-dia de sexta, na Rua Custódio de Melo, centro de Ponta Grossa, quando os marginais tomaram mãe e filha reféns. As levaram na Scenic da família, até que, horas mais tarde, a Polícia Militar localizou o veículo na região rural de Prudentópolis, a 93 quilômetros de Ponta Grossa.
Os bandidos e as reféns ainda estavam no veículo e houve perseguição. Os assaltantes acabaram abandonando o veículo com as mulheres e fugiram a pé pelo mato. Não foram localizados.
Mais roubos
Depois disso, a quadrilha voltou a agir no domingo pela manhã. Por volta das 6h, os bandidos roubaram uma caminhonete em Prudentópolis. Em cinco e mais o refém, seguiram até outra cidade próxima, onde roubaram um Astra e fizeram reféns mais um homem e duas mulheres.
A caminho de Guamiranga, os bandidos capotaram a caminhonete e os cinco bandidos, mais os quatro reféns, seguiram todos espremidos dentro Astra. Com a sobrecarga, o veículo estragou e eles foram obrigados a seguir a pé pela BR-373.
Perto de Guamiranga, os marginais tiveram a ideia de se esconder no mato e deixar apenas as duas mulheres na rodovia, tentando uma carona. Por coincidência, um amigo das vítimas passou num Fiesta e parou para ver o que as mulheres faziam sozinhas na estrada.
Quando ele parou, os bandidos o renderam. Deixaram todas as vítimas na rodovia e seguiram apenas com o dono do Fiesta para Guamiranga. Neste município, quatro bandidos desceram e apenas um dos marginais ficou com a vítima, sob a ordem de matá-la.
No entanto, o dono do Fiesta reagiu e conseguiu escapar do bandido, que fugiu a pé. Os policiais conseguiram prender os bandidos. Apesar de haver cinco detidos, um deles não foi reconhecido pelas vítimas e teve que ser liberado.