Uma nova tentativa de fuga foi registrada no 3.º Distrito Policial (Mercês), no final da noite de quarta-feira. Próximo à meia-noite, os presos quebraram os cadeados e ferrolhos das celas com o objetivo de fuga ou rebelião. A grande movimentação na carceragem alertou os plantonistas, que solicitaram apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Polícia Militar.
A situação foi contornada e, durante uma rápida revista nas celas, foram encontrados pedaços de ferro e dois estoques. A superlotação torna o distrito policial um "barril de pólvora" prestes a explodir. Ontem, o 3.º DP comportava 188 presos, mas sua capacidade é para 36.
Revolta
Por volta das 11h de ontem, a situação voltou a se complicar. Os presos se recusaram a participar da operação pente-fino e se rebelaram. Novamente, o Cope foi acionado e controlou a revolta. De acordo com o delegado Carlos Castanheiro, os detidos reclamam da situação desumana em que vivem e da falta de visitas de parentes, que não podem ser realizadas regularmente, por questão de segurança. Também reivindicam transferência para o sistema penitenciário. O delegado afirmou que alguns presos serão transferidos nos próximos dias. Nenhum policial ou preso saiu ferido durante a rebelião.