Depois de dominar e agredir um policial, 17 presos escaparam da Delegacia do Alto Maracanã na noite de domingo. Apenas dois plantonistas tomavam conta do xadrez superlotado. Apenas um dos evadidos – Gesse Carlos Lena – havia sido recapturado até a noite de ontem. Ele foi encontrado no bairro Portão, em Curitiba, na casa de parentes.
O investigador Anselmo Aparecido Bertaiolli foi rendido às 19h de domingo, quando entregava o jantar no xadrez. Logo os presos rebelados gritaram que era uma fuga e mandaram o outro plantonista abrir o portão da cadeia – eles ameaçavam matar Anselmo se a ordem não fosse cumprida. O colega não acatou, fez disparos de advertência e o policial dominado pelos detentos foi agredido.
Os presos, então, abriram passagem por conta própria, demolindo a porta de acesso à carceragem. Para isso, utilizaram a grade inteira de um dos cubículos, que já havia sido retirada. Depois, só quebraram o vidro da entrada da delegacia para ganhar as ruas.
Roubos
Minutos depois da fuga, um Gol e um caminhão foram roubados nas imediações. “Provavelmente eram os fugitivos. Os autores estavam em grande número”, disse o superintendente Sérgio, da DP do Alto Maracanã. A Polícia Militar e o Cope organizaram buscas, mas não localizaram nenhum fugitivo. Os veículos roubados foram recuperados pouco mais tarde.
A cadeia do Alto Maracanã não foge à regra das demais delegacias da Região Metropolitana de Curitiba e convive com o drama da superlotação. Na hora da fuga, havia 53 homens apertados num espaço com capacidade máxima de 16. Segundo o superintendente, todos poderiam ter saído, mas a maioria preferiu permanecer.
Os fugitivos são: Gersindo Ribeiro de Lima, Maycon Firmino Leonel, Sidney Matoso, Wilmar Salviano da Silva, Anderson Luiz de Souza, Luciano Almeida Silva, Miguel Romão Rypchinski, José Carlos Rodrigues Alves, Izaque Rosa de Jesus, Ricardo José de Oliveira, Anderson Cleiton Sombrio, Nilton Carlos Neto, Alexandre Ponciano, Valdir Martins de Oliveira, Alessandro Daniel Lopes e um adolescente.