Presos receptadores de bebidas roubadas

Dois proprietários de distribuidoras de bebidas clandestinas, em Piraquara, foram presos por policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, na segunda-feira. Franque Alves Ferreira, 28 anos, e João Manoel da Silva Filho, conhecido como ?João Galinha?, 36, estavam com duas cargas de bebidas roubadas. Uma delas, tomada em assalto na sexta-feira e outra, no último dia 24. O delegado Vinícius Augustus de Carvalho disse que a polícia trabalha para identificar e prender os assaltantes. ?Em ambos os roubos, eles agiram de modo semelhante. Podem ser os mesmos indivíduos?, contou

o delegado. Com João a polícia apreendeu uma carabina calibre 44, um revólver calibre 38 e munição. Ele também foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma.

O delegado contou que as investigações começaram logo após o roubo ocorrido em frente à fábrica da Coca-Cola, na BR-277, no Uberaba, às 22h40 de sexta-feira. De acordo com o relato do motorista, três homens o abordaram, se identificaram como policiais civis e pediram para ver a nota fiscal da carga. Em seguida, anunciaram o roubo e obrigaram a vítima a entrar em uma Saveiro vermelha.

?O motorista acredita que foi levado para um chácara, onde podia ouvir barulho de avião e trem. Ele ficou lá por duas horas?, contou o delegado. Somente após a carga ser descarregada e o caminhão abandonado no Umbará, a vítima foi libertada, de madrugada, em Piraquara.

Vinícius disse que o relato da vítima foi o ponto de partida para as investigações, que começaram na cidade de Piraquara e não demorou para encontrar as duas distribuidoras clandestinas. Uma delas no Jardim Bela Vista e outra na Estrada das Laranjeiras. ?A carga roubada na sexta-feira estava distribuída nos dois locais?, contou.

Na tarde de ontem, outra vítima, que foi assaltada no último dia 24, na BR-476 (antiga BR-116), apresentou documentação e confirmou que parte da carga apreendida com os dois comerciantes lhe pertencia.

Entregas por encomenda

O delegado acredita que as duas cargas foram ?encomendadas? pelos detidos. ?É arriscado para os marginais permanecerem muito tempo com o material à espera de comprador. Normalmente, temos observado que, logo após o roubo, os produtos são entregues a receptadores?, explicou. ?No caso de João e de Franque, descobrimos que o caminhão roubado ficou parado em frente à distribuidora de João Manoel, onde foi descarregado?, disse.

Versão

João disse que possui a distribuidora há quatro anos e garantiu que esta foi a primeira vez que foi preso. ?Nunca comprei nada roubado. Chegaram com esta carga lá e a deixaram. Eu estava dormindo, nem vi?, justificou. Quanto às armas, ele justificou que foi herança do seu pai. ?Nunca dei um tiro com nenhuma delas.? Já Franque disse que a maioria das bebidas apreendidas foi comprada de forma regular e ele tem nota para provar. ?O nosso comércio não tinha alvará, mas eu nunca encomendei carga alguma?, alegou.

O delegado disse que os dois pagaram R$ 4 mil pela carga que vale R$ 16 mil. ?No mínimo, teriam que desconfiar que se tratava de produto ilícito, devido ao baixo valor?, enfatizou o delegado.

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