Cerca de 50 presos da Delegacia de Furtos e Roubos queimaram os colchões das celas de duas galerias, em protesto pela superlotação daquela cadeia. O motim começou às 18h10 e uma hora depois já estava controlado. A delegacia irá avaliar as condições em que ficaram as galerias para redistribuir os presos nas celas.
A carceragem tem capacidade para aproximadamente 50 internos, mas abriga 108 pessoas. Em cada ala atingida pelo incêndio cabem 16 presos, mas estavam instalados 23 em uma e 30 em outra. As instalações foram danificadas mas, em princípio, os danos não comprometeram a segurança da unidade. “Iremos avaliar as condições das celas para poder trazer os presos de volta”, comentou o delegado Edson José da Costa. Parte da fiação elétrica foi destruída, assim como os pertences dos detidos.
Visitas
Os presos esperaram terminar o horário de visitas e 20 minutos depois começaram a fazer barulho e a atear fogo em colchões e cobertas. Policiais de plantão e do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) controlaram a situação rapidamente, com a ajuda dos bombeiros. A Polícia Militar também foi chamada para auxiliar no controle do motim. “Não houve tentativa de fuga, apenas protesto para a remoção de alguns presos”, relatou o delegado.
Boa parte dos indivíduos detidos no xadrez da DFR, assim como nas cadeias dos distritos e delegacias de Curitiba e região, já está condenada e espera remoção para o Sistema Penitenciário.