Crime

Presos por anúncios de prostituição em orelhões

Dois homens e uma mulher foram presos e um adolescente apreendido, colocando panfletos de prostituição nos telefones públicos do centro da cidade. Eles foram encaminhados para o 1.º Distrito Policial, assinaram termo circunstanciado e foram liberados.

O delegado Jairo Amódio Estorilio disse que recebe várias denúncias de pessoas que se sentem incomodadas com a publicidade pornográfica. Por conta disso, designou uma equipe de investigação para prender os responsáveis. “Os detidos foram autuados pelo crime de escrito obsceno no artigo 234 do Código Penal”, explicou o delegado.

Local

Segundo ele, o crime é de menor potencial ofensivo, tem pena que vai de seis meses a dois anos de prisão. “Descobrimos que essas pessoas são contratadas por dia e são responsáveis pela reposição dos papéis nos orelhões. Descobrimos também que o material é caseiro, feito de forma artesanal. Alguém pega as fotos da internet, faz uma arte e imprime em casa mesmo”, completou o delegado.

A investigação descobriu o local usado para os programas sexuais. “Não se trata de uma casa de prostituição e sim de um apartamento normal. As mulheres não disseram quem faz o material”, completou. Há aproximadamente 15 dias, a Guarda Municipal prendeu dois homens pelo mesmo motivo. Eles também foram liberados em seguida e os telefones continuam poluídos.

Leis

A falta de leis mais severas fez com que o problema deixasse as delegacias para ser tornar assunto na Câmara de Vereadores. No início da semana, o vereador Dirceu Moreira (PSL) comentou sobre o projeto de lei que já está sendo analisado, onde a operadora que administra os telefones públicos seja responsável pela fiscalização dos aparelhos. “O telefone é público, mas pertence a uma empresa privada, que ganha para realizar o serviço. Por isso, nada mais justo que ela fiscalize e mantenha o equipamento limpo”, explicou o vereador.

Para o delegado, a única forma de inibir a divulgação pornográfica é trocar os atuais orelhões fechados por cabines transparentes. “Já fiz um documento e encaminhei para a operadora sugerindo a mudança. Pois além dos papéis, alguns estão carimbados ou pichados. Se forem transparentes, com certeza isso não vai acontecer”, explicou o delegado, acreditando que a transparência vai inibir ação de vândalos e a de “clientes” pegando os panfletos de prostituição.

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