Dois homens, acusados de integrar uma quadrilha que assalta joalherias, foram apresentados ontem, por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). José Marcelo Pereira, 26 anos, o “Gordo”, foi preso no último dia 30 de outubro, em sua residência, no Campo Comprido. Já Adilson de Jesus de Meira, 25, foi detido em um lava-car, no bairro Fazendinha, na segunda-feira, dia 3. Além deles, outros dois integrantes do grupo já estavam presos: Rodinei Everson Moura, 28, e Francisco Alves Monteiro, 24. O último, ao ser detido pelo Cope, apresentou o nome falso de Sérgio de Souza, porque, se revelasse a verdadeira identidade, vários crimes atribuídos a ele seriam descobertos. E foi isso que aconteceu. Francisco já conta com antecedentes criminais e diversos mandados de prisão expedidos pela Justiça, por roubo. Ele foi reconhecido por vítimas de assalto a um centro comercial nas Mercês, onde vários consultórios odontológicos foram roubados. Também é suspeito de participar de assaltos contra farmácias, em Curitiba; em posto de combustível, em Matinhos (litoral PR), e do roubo ao banco Santander, ocorrido na cidade de Barra do Turvo (SP), de onde foi levada a quantia de R$ 93 mil e o gerente da agência foi mantido como refém. Sobre o roubo ao banco, policiais paulistas compareceram ao Cope para interrogar Francisco.
Crime
O assalto contra a joalheria Reuter, situada dentro do Shopping Center Celi, em São José dos Pinhais, aconteceu em 25 de setembro e toda a ação do grupo foi gravada pelo sistema interno de filmagem. A partir da imagem e da prisão de um dos integrantes, os demais parceiros de crime foram reconhecidos. Do quinteto de assaltantes apenas um continua foragido: Marlon Fabiano Zielinski, 22. Além dele, a polícia procura um homem conhecido apenas por “Chiquinho”, que seria o receptador da mercadoria roubada e quem teria vendido as jóias para terceiros.
Nas imagens gravadas pelo circuito interno é possível perceber a calma do grupo ao realizar o assalto. José Marcelo e Marlon, vestidos com terno e jaqueta, entram na joalheria armados com pistolas. Imediatamente rendem um segurança e dão voz de assalto às duas funcionárias. O terceiro comparsa (Adilson) permanece no corredor em frente à loja dando cobertura (também armado) enquanto outros dois esperam para dar fuga em um Palio Weekend.
Sempre aparentando muita frieza, eles pedem para que as funcionárias coloquem as jóias e relógios expostos nas vitrines em algumas bolsas. O prejuízo foi avaliado inicialmente em R$ 30 mil. Antes de ir embora, a dupla se despede e agradece a co- operação dos funcionários. O trio foge tranqüilamente carregando as sacolas pelo corredor do shopping, em direção ao carro.
Antecedentes
Segundo a polícia, José Marcelo não possui antecedentes criminais. Adilson, que é evadido da Colônia Penal Agrícola (CPA), conta com diversas passagens por roubo, formação de quadrilha, tráfico e homicídio. Por responder por esses crimes, Adilson costumava utilizar diversos nomes falsos.
O delegado Marcus Michelotto informou que a prisão desses indivíduos é uma resposta da polícia à comunidade. “Estamos trabalhando forte e desbaratando várias quadrilhas”, afirmou. Ele enalteceu o trabalho que vem sendo realizado pelos investigadores Adriano e Fábio, que participaram inclusive dessas últimas prisões. Por determinação da Secretaria da Segurança, o Cope foi incumbido de investigar assaltos a joalherias no Paraná.
