Motim

Presos fazem ‘rodízio’ de refém em presídio de Guarapuava

Três agentes penitenciários foram libertados pelos presos amotinados na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), no Centro-Sul do Paraná, o terceiro às 17h30 de terça-feira (14). Mais de 30 horas após o início da rebelião na segunda-feira (13), dez agentes e de cinco a seis detentos – que cumprem pena por crimes sexuais – são mantidos reféns. Cerca de 40 presos comandam a rebelião.

Cada refém é mantido amarrado por determinado tempo ao para-raios da unidade, em uma espécie de rodízio.

O tenente da Polícia Militar Fábio Zarpelon informou que 11 presos foram retirados do local, medicados, e movidos para a Cadeia Pública de Guarapuava, a mesma em que seis homens fugiram na manhã de ontem. Zarpelon disse ainda que três presos estão hospitalizados, mas a situação não é grave.

Segundo a PM, que negocia diretamente com os detentos, os rebelados reivindicam melhorias internas na unidade, troca na direção, progressão de pena para os presos que têm direito e transferências para outras carceragens do estado e de Santa Catarina. Os pedidos são analisados pela Secretaria de Estado de Justiça (Seju).

Tomada

A rebelião toma conta das cinco galerias que compõem a penitenciária. No local, estão dez presos que participaram da rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel, no fim de agosto, que terminou com cinco mortos. A PM descartou, inicialmente, o comando da revolta por esses presos ou por detentos ligados à facções criminosas. A unidade de regime semiaberto, que fica ao lado da penitenciária, não foi afetada.

Como na segunda-feira, os rebelados continuam em cima do telhado parcialmente destruído. Esta é a 21.ª rebelião em penitenciárias do estado.

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