A Polícia Civil de Foz do Iguaçu prendeu, terça-feira (12) quatro suspeitos de participar da morte do comerciante libanês Hassan Ali Awalla, 47 anos. O corpo foi encontrado, domingo (10), perto do Refúgio Biológico da Itaipu, com três tiros nas costas e um na cabeça. Estão detidos Jonny Alessandro Silva de Oliveira, 18, que confessou a autoria dos disparos, e três adolescentes.

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Segundo o delegado operacional da 6.ª Subdivisão de Polícia Civil, Luis Rogério Ramos Sodré, os quatro estão à disposição da Justiça e foram autuados por latrocínio e formação de quadrilha. “Todos já tinham passagens na polícia”, contou. De acordo com Sodré, Franck Camilo Tranquilin, 20 anos, apontado como mentor do crime é procurado.

Hassan residia no Brasil e tinha loja no Paraguai. De acordo com Sodré, no início da investigação, os policiais descobriram uma rixa que Franck, ex-empregado de Hassan, tinha com o comerciante e que ambos tinham se jurado de morte. “No último domingo, Hassan foi atraído para o local do crime e, segundo o apurado, havia sido amarrado e colocado em cativeiro, enquanto os a quadrilha tentava vender seu automóvel em uma favela”, explicou o delegado.

Segundo apurado pela investigação, Jonny e os três garotos seriam pagos pelo crime com a venda do veículo de Hassan e de outros pertences. “Franck voltaria para executar Hassan, mas o comerciante conseguiu se soltar e tentou fugir, mas foi atingido por quatro disparos”, contou Sodré.

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Jonny foi preso na área rural de São Miguel do Iguaçu e contou que escondera a arma na casa de parentes. “Ele tem várias passagens pela polícia, e é tido como de alta periculosidade”, afirmou. De acordo com o delegado, o crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, tem pena variável entre 20 e 30 anos de reclusão e o de formação de quadrilha de um a três anos.