Presos dormem no solário em Colombo

Duas tentativas de fuga em menos de uma semana e a destruição de grande parte da carceragem renderam um ?castigo? para os presos da delegacia de Colombo, região metropolitana de Curitiba. Como não há vagas disponíveis para a transferência de todos os presos do local, 33 deles passaram a noite de segunda-feira no solário da cadeia, completamente nus, para que fosse realizada uma operação pente-fino em toda a delegacia.

A permanência deles no solário deve se estender até que sejam consertados todos os estragos feitos na carceragem. ?Eles retornarão às celas assim que elas forneçam condições de segurança?, informou o delegado Arthur Zanon.

Tentativas

Na tarde de segunda-feira, os policiais conseguiram descobrir que as grades de três das seis celas da carceragem já haviam sido serradas pelos presos e que 28 estavam prontos para fugir. ?Agimos rápido e conseguimos controlar a situação?, destacou o delegado, acrescentando que a delegacia comportava 53 presos.

Zanon conseguiu a transferência de 20 detentos para o Centro de Triagem, em Curitiba. A operação contou com o apoio de policiais do Centro de Operações Policias Especiais (Cope). O restante foi levado para o solário, dando início a revista pessoal e também nas celas.

Revista

Na revista, foram encontrados várias chaves de fenda, estoques e mais de 100 metros de ?teresas? (cordas produzidas pelos presos). Além das grades serradas, as paredes da carceragem também ficaram comprometidas. De acordo com Zanon, no último dia 31 de dezembro, vários presos também tentaram escapar quebrando paredes.

Ontem, já tiveram início as obras para reconstruir as celas danificadas ?Chamei soldadores e estamos reforçando a estrutura dos cubículos?, contou o delegado. ?Enquanto essas obras emergenciais não forem acabadas não há como recolher os detentos?, explicou.

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