Depois da prisão em flagrante de René Francisco Kegler, 37 anos, na semana passada, suspeito de falsificar bebidas alcoólicas, a polícia prendeu os donos de dois grandes bailões da capital, que revendiam o material aos clientes. Adelson Batista, 53 anos, dono do Adelsom Clube Show, no Sítio Cercado, e José Antônio Scholze Júnior, 50, do Clube Dançante Albratroz, no Pinheirinho, vão responder por adulteração de substância ou produto alimentício, assim como René.
Abertura
O delegado Amarildo Antunes, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), contou que os investigadores abordaram os donos dos estabelecimentos, quando eles abriam as casas noturnas, na sexta-feira à noite. No Albatroz, que fica na BR-116, a polícia recolheu 59 litros de bebidas diversas, como vodka, whisky, rum e tequila, que não passavam de álcool puro com essência. A mistura pode colocar a saúde em risco. No Adelsom, na Rua Izaac Ferreira da Cruz, a polícia recolheu 80 litros de bebidas. Algumas garrafas, tinham o nome de clientes, que a compravam fechada.
Autuados
Antunes disse que ambos alegaram não ser os responsáveis pela compra das bebidas e não sabiam das adulterações. “Como donos dos estabelecimentos, eles têm que saber o que acontece lá dentro”, alegou o delegado, que autuou ambos em flagrante. Antunes explicou que eles respondem pela adulteração porque a lei prevê que quem mantém em estoque ou vende os produtos falsificados são considerados falsificadores.
José Antônio e Adelson ficaram presos no Cope e foram liberados domingo para responder ao processo em liberdade. Os estabelecimentos não foram fechados. Outros comerciantes são investigados e podem ser presos nos próximos dias.