Os empresários Silvestre Ferens (foto), 53 anos, e Adalberto Vieira dos Santos, o “Beto”, 44, juntamente com o segurança Marcelo Lopes de Lima, 32, foram presos por policiais da delegacia do Alto Maracanã. Eles são acusados de assassinar Fernando da Silva, mais conhecido como “Bocão”, 22 anos, e desovar o corpo no Viaduto dos Padres, na BR-277, em Morretes. O corpo foi encontrado no final da tarde de terça-feira e resgatado no início da manhã do dia seguinte.
O superintendente Job de Freitas contou que o rapaz desapareceu no último dia 17, em Colombo. A mãe do jovem compareceu na delegacia, dias depois, para registrar o desaparecimento. “O Fernando era um rapaz complicado. Quando menor cometeu um latrocínio que vitimou um guardião. Depois que completou 18 anos, se envolveu em furtos e tráfico de drogas”, salientou o superintendente.
As investigações apontaram que Fernando foi visto pela última vez em frente do Bailão Zeus (antigo Bola de Ouro), situado na Estrada da Ribeira. O rapaz costumava ameaçar o proprietário e o segurança tinha ordens para não deixá-lo entrar, já que sempre Fernando se envolvia em confusão no estabelecimento. “O Beto bateu no Fernando em frente ao bailão. Depois, ele e o Marcelo colocaram o rapaz em uma Kombi e desapareceram”, contou Job.
O delegado José Mário Franco informou que Adalberto foi intimado para comparecer à delegacia para esclarecer o fato. “Ele confirmou que colocou o rapaz dentro da Kombi e pretendia levá-lo até a Delegacia de Furtos e Roubos, em Curitiba, justificando que na delegacia do Alto Maracanã seria mais fácil dele fugir”, contou o delegado. O empresário disse ainda que, quando trafegavam pela BR-116, Fernando teria escapado da Kombi, e não teria mais visto o rapaz.
A Kombi placa AAT-8329, que teria transportado o rapaz, foi apreendida e será encaminhada à perícia. Após o encontro do corpo de Fernando, José Mário solicitou a prisão dos empresários e do segurança, que foi decretada na tarde de ontem.
Bailões
O chefe da Divisão Metropolitana, delegado Agenor Salgado Filho, informou que determinou que todas as delegacias da Região Metropolitana façam vistorias constantes nos bailões e dancenterias, já que nestes locais é comum pessoas armadas e o tráfico de drogas. “Além disso, há brigas que resultam em mortes. Isso nos preocupa. Até porque temos constatado que tanto as vítimas quanto os autores são pessoas muito jovens. Estamos trabalhando para conter a criminalidade nestes locais”, prometeu.