O motim feito por presos da carceragem da 1.ª Subdivisão de Paranaguá, no Litoral, terminou por volta das 21h30 de ontem com a liberação de dois agentes carcerários, que eram mantidos reféns, e a transferência de 20 detentos para a região de Curitiba. O clima ficou tenso logo após o meio-dia, quando cinco presos tentaram fugir da carceragem superlotada. Celas com capacidade para 42 presos abrigavam 122, segundo a polícia.
Com a fuga frustrada pelos próprios agentes, os presos dominaram dois deles e, armados com estoques (facas artesanais), ameaçavam matá-los. Segundo informações extraoficiais, um preso estava com uma arma de fogo, porém a polícia não confirmou a existência da arma. Policiais Militares conseguiram impedir que o motim se espalhasse por toda a carceragem. A delegacia foi cercada.
Negociações
As negociações foram comandadas pelo delegado Ítalo Cesar Sega, que convenceu os presos a terminarem o motim. “Foi muito tenso e desgastante. Mas depois que conseguimos a liberação para que pelo menos 20 subissem a serra, eles se acalmaram e soltaram os agentes”, explicou Ítalo. Os presos serão distribuídos nas penitenciárias de Piraquara.
Além da transferência, os presos exigiam melhorias nas celas, principalmente devido o intenso calor . A carceragem é a mais antiga do Paraná e é administrada em conjunto pelas secretarias de Segurança Pública e da Justiça.