Presos destroem a cadeia

Os dois pavimentos do prédio da cadeia de Jaguariaíva ficaram destruídos após a rebelião promovida por 28 presos ali abrigados. O motim começou às 16h de anteontem e durante a confusão os presos trataram de arrancar as grades das celas e as portas de ferro, além de atear fogo em colchões e outros utensílios, danificando a estrutura da cadeia, reformada há pouco mais de um mês.

De acordo com o comando do 1.º Batalhão da PM, com sede em Ponta Grossa e responsável pelo policiamento na região, a rebelião poderia ter tido conseqüências mais dramáticas, caso não tivesse sido feita uma operação “pente-fino” em toda a cadeia, uma hora antes dos presos se amotinarem. Na operação foram apreendidos estoques – facas improvisadas – e outros objetos que poderiam servir de armamento para detentos.

Duas horas

O motim durou aproximadamente duas horas, tempo suficiente para que os presos destruíssem o que tinham pela frente. Com a chegada do juíz Marcos Vinícius Christo e do promotor Rodrigo Otávio Mazur Casagrande – ambos da comarca local – tiveram início as negociações e término da rebelião. Os presos exigiram alimentação melhor e a revisão de processos, com a transferência de alguns deles para o sistema penitenciário. Muitos dizem ter direito de ser implantados na Colônia Penal Agrícola, em Piraquara.

Para contornar a situação, seis presidiários, apontados como os líderes da rebelião foram transferidos para as cadeias de Arapoti e Sengés, onde deverão esperar vagas para a Penitenciária Central do Estado (PCE). Foram removidos James Atanásio de Oliveira e Wilson Bueno de Souza, para Arapoti; Vitor da Silva, Edson Vaz da Silva, José Antônio dos Santos e Rubens da Silva Barbieri para Sengés. A remoção foi feita em comboio das polícias Militar e Civil.

Prejuízos

Na hora do almoço o carcereiro começou a ouvir barulho no interior dos cubículos. Perto das 15h, suspeitando que algo iria acontecer, ele acionou a Polícia Militar, que cercou o prédio para realização do “pente-fino”. Diante da movimentação intensa, a partir das 16h, o comando da 4.ª Companhia enviou reforços de Arapoti, Sengés e Castro, cercando o prédio para evitar tentativa de fuga.

Com a destruição do prédio, a Polícia Militar está reforçando o policiamento no local. Com a transferências dos seis sentenciados e soltura de mais três pelo juiz da comarca, agora 17 dividem três cubículos que ainda oferecem condições e uma presidiária ocupa cela isolada. As reformas, recém concluídas, custaram R$ 16 mil e praticamente foram perdidas. Todas as grades do pavimento inferior foram arrancadas e o a parte superior tomada pelas chamas. O Corpo de Bombeiros conseguiu evitar que o fogo se alastrasse para toda a edificação. (MC)

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