Presos assassinos de coronel da PM

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Wagner mandou queimar o carro do oficial.

O trabalho conjunto das polícias Civil e Militar levou ao esclarecimento do assassinato do tenente-coronel reformado da Polícia Militar Valdir Cabral, 58 anos, crime ocorrido na madrugada do último dia 19 de janeiro. Dos quatro envolvidos no crime, três foram detidos, sendo duas garotas – de 14 e 15 anos – e um indivíduo maior de idade. Está foragido outro adolescente, de 17 anos, já identificado. O que mais chamou a atenção do delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Furtos e Roubos e responsável pelas investigações, foi a participação de pessoas tão jovens em um crime brutal, premeditado e praticado de forma "fria". O único maior é Wagner Rafael Fraitas, 19 anos, mais conhecido por "Assombroso", que está recolhido na carceragem da DFR.

De acordo com Recalcatti, o crime foi planejado pelos jovens que, desde o início, tinham a intenção do roubo e estavam dispostos a matar o oficial, caso ele reagisse. O plano teve início com as duas garotas, que o tenente-coronel já conhecia de encontros em casas noturnas. Elas serviram como "iscas" para atrair a atenção da vítima.

Aproveitando-se dessa amizade, uma das meninas telefonou para o oficial dizendo que queria dormir na casa dele. Entretanto, ao em vez de ir apenas uma menina, foram as duas. Era o início da trama. As garotas já haviam combinado com "Assombroso" e com o outro menor que dariam um jeito de abrir a porta da casa, para que o roubo fosse consumado. Num determinado momento, a vítima foi para o quarto com uma das meninas, enquanto a outra aproveitou para abrir a porta para a entrada dos comparsas. "Assombroso" e seu colega armaram-se com facas e duas garrafas de uísque e invadiram o quarto.

Crueldade

Valdir foi pego de surpresa pelos jovens que, inicialmente, quebraram as duas garrafas na cabeça dele. Em seguida teve início uma luta, na qual o policial tentava se defender das facadas que estava recebendo. Demonstrando muita frieza, conforme a polícia, "Assombroso" se irritou com os gritos dados pela vítima e a segurou pelo cabelo, puxando sua cabeça para trás, degolando-a. A brutalidade não terminou por aí. Para finalizar, o outro adolescente deu facadas na barriga e peito da vítima.

Após o assassinato, os jovens roubaram computador, televisor, telefone celular, roupas, talões de cheque e o carro da vítima, o Pálio placa AAR-0694, que mais tarde foi encontrado queimado no Jardim Condor, em Araucária.

Para queimar o carro, os jovens pediram a ajuda de outros dois amigos. Leandro Araújo, 22 anos, o "Pardal", e Leandro Trindade, 19, o "Polaquinho". Os dois chegaram a ser detidos, mas a Justiça não decretou a prisão temporária deles, conforme tinha sido solicitado pelo delegado. Portanto, foram liberados. "Pardal" foi o responsável por ter guardado o carro após o crime e, depois, tê-lo queimado, a pedido dos demais envolvidos no assassinato, que temiam que fossem encontradas impressões digitais no Pálio.

Investigação

Na última sexta-feira, os investigadores da DFR, chegaram até o apelido de alguns menores e o local onde residiam. Depois, em operação conjunta com a Polícia Militar – Regimento da PM e 13.º Batalhão -, foram localizados e presos durante diligências realizadas no sábado e no domingo. Dos produtos roubados foram recuperados o computador, o televisor e o telefone.

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