Covardes atrás das grades

Presos acusados de assassinar educadora

A polícia mandou para a cadeia os suspeitos de participar do latrocínio (roubo com morte) da professora Renata Melo do Amaral, 36 anos, na quinta-feira passada, no Santa Cândida. Com uma semana de investigações a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos prendeu Alex Martins, 27 anos, apontado como o chefe da quadrilha, Alan Cristian Horst Beck, 23 anos, o “Sassá”, Luiz Fernando Arcílio, 18 anos e Marcelo Dubay, 25 anos, o “Polenta”. Falta ainda prender um adolescente.

O delegado Renato Bastos Figueiroa, titular da DFRV, confirmou que os detidos foram os mesmos bandidos que roubaram o carro da vítima duas semanas antes. O Astra foi devolvido paraRenata no dia anterior ao assassinato. No carro havia comprovantes de compras feitas em um mercado e pertences dos bandidos, que ajudaram a localizar o bando.

A polícia acredita que o latrocínio não tem a ver com tentativa de recuperar os pertences deixados no veículo. “Tudo não passou de uma infeliz coincidência. Eles tinham a encomenda de um Astra”, concluiu Renato.

Pistas

A polícia chegou até a quadrilha pelos comprovantes de compras. O primeiro a ser identificado foi Luiz Fernando Arcílio. “Analisamos as imagens das câmeras de segurança do mercado e ele foi reconhecido pelo marido de Renata como o autor do primeiro assalto”, contou o delegado.

Segundo a polícia Alex semanalmente vinha de Umuarama para encomendar veículos que eram roubados e levados para o Paraguai. Luiz contou à polícia que um dia antes Alex encomendou o roubo de uma Zafira, um New Civic e um Astra e ofereceu um Uno vermelho para ser usado nos crimes. O valor pago por cada carro roubado era R$ 2,5 mil. “Sassá” e Alex foram presos em Umuarama, na manhã de ontem, com o apoio de policiais da 7.ª Subdivisão Policial.

Limoeiro

Denúncia anônima à polícia informou que o revólver calibre 38 usado para matar Renata foi enterrado próximo a um pé de limão num posto de combustíveis na BR-277 e que um dos marginais iria buscá-la. Os policiais fizeram campanha e prenderam Marcelo. Os detidos apontam o garoto foragido como responsável pela morte da educadora. “Não descartamos que eles queiram passar a responsabilidade para o adolescente por saber que, mesmo num crime hediondo, ele ficará internado no máximo 3 anos”, declarou o delegado.

Isolados

Renata foi morta com um tiro na cabeça por se negar a entregar as chaves do automóvel. Ela carregava o filho de 3 anos no colo, quando foi baleada. Por conta da crueldade, os detidos ficarão isolados, para evitar agressão de outros presos.

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