Está atrás das grades um dos três acusados do triplo assassinato ocorrido segunda-feira, em Araucária. Ageu Rodrigues Maciel, 20 anos, detido no final da tarde de quinta-feira, teria recebido a incumbência de transportar Luciana de Lima, 23 anos, Jucilene Aparecida de Lima, 31, e Jusilene Ferreira de Melo, 40, ao matagal na Fazenda Palmital, localidade de mesmo nome, onde as três foram assassinadas com dois tiros cada.
Ageu teria agido sob recomendação de um homem conhecido como “Nenê”, acusado pela polícia de ter atirado nas vítimas. Com seu Opala, o acusado apanhou as mulheres na BR-116, onde pelo menos duas delas Å Jusilene e Jucilene Å faziam ponto como garotas de programa. “Elas foram atraídas ao matagal sob o convite de fumar crack”, disse o delegado Roberto Fernandes, titular do Cope. Segundo Fernandes, o carro de Ageu enguiçou no meio do caminho, e então o próprio “Nenê” levou as vítimas em seu Gol bordô.
Informantes
Além de Ageu e Nenê, outro indivíduo, conhecido como “Peixe”, teria participado da tríplice execução. A polícia já tem o nome completo de “Nenê” e “Peixe”, mas prefere não divulgá-los por enquanto. “Pretendemos pegar todos os envolvidos. Semana que vem, vamos apresentar os que já estão detidos”, afirmou Fernandes. Outra prisão referente ao caso foi a de Eloésio Alemcar Martins, 37 anos, que não teria envolvimento direto com o crime, mas forneceu drogas para as vítimas pouco antes dos assassinatos.
Fernandes confirmou que as mulheres foram mortas porque eram informantes da polícia. “Elas estariam repassando dados sobre o tráfico e foram descobertas”, relatou.
Crime
Os corpos de Jucilene, de sua irmã Luciana e de Jusilene foram encontrados às 9h de segunda-feira numa clareira na Fazenda Palmital, em Araucária. Segundo familiares, as três eram viciadas em drogas Å cada uma segurava um isqueiro quando foram assassinadas. Uma delas carregava uma pedra de crack no sutiã. Segundo o delegado Jairo Estorilio, de Araucária, que investigou inicialmente o caso, Luciana era a única que não se prostituía, mas tinha passagens na polícia por receptação, uso de droga e porte ilegal de arma. Ela a irmão moravam na Vila Sabará, Cidade Industrial. Jucilene era amásia de Reginaldo Rebeck, decapitado durante a rebelião na Penitenciária Central do Estado, no fim do ano passado.