Preso trio que matou policiais em São José dos Pinhais

Policiais da delegacia de São José dos Pinhais e do serviço reservado da Polícia Militar solucionaram a intrincada trama que resultou no assassinado do tenente Eduardo Moreira da Silva, 26 anos, e do ex-aspirante Israel Woss, 27, ocorrido na última sexta-feira. Três acusados foram presos na madrugada de ontem, em Matinhos. Com eles foram apreendidas uma pistola 765, um revólver calibre 38 e uma carabina, além de drogas e pertences de Eduardo e Israel, como documentos e correntes. A caminhonete Ranger, levada das vítimas, ainda não foi encontrada.

De acordo com o superintende da delegacia local, Altair Ferreira, Nilson Gomes de Carvalho, 22 anos, e Luiz Carlos Lima Tiepo, 23, moravam em Matinhos. O irmão de Nilson, Nelson Francisco de Carvalho, 39, é dono de um bar em São José dos Pinhais, onde as vítimas foram mortas.

Crime

Segundo a versão dos presos, Nilson e Luiz Carlos viram a camionete parada e deram voz de assalto a Eduardo e Israel, sem saber que um deles era policial. Os marginais abandonaram o carro em que estavam, um Palio Weekend, e seguiram com as vítimas na caminhonete até o bar de Nelson, irmão de Nilson. Lá, eles levaram as vítimas até um quarto que fica nas dependências do boteco.

Nilson afirma que foi com o irmão, na Ranger, até o local onde tinham deixado o Palio. Luiz teria ficado para cuidar das vítimas, enquanto os irmãos levaram caminhonete até o estacionamento de uma lanchonete no Capanema, para que o receptador a apanhasse.

Depois voltaram até o bar e quando chegaram disseram que encontraram Eduardo e Israel mortos. ?A versão é que as vítimas teriam tentado dominar Luiz e este reagido e atirado?, contou Altair Ferreira. Entretanto, outra linha de investigação é que Luiz teria reconhecido o tenente Eduardo, que já o tinha prendido em outra oportunidade, e por isso o executado. ?Nossa intenção era deixá-los no quarto até entregarmos a caminhonete. Depois disso iríamos soltá-los?, alegou Nilson.

Os três, então, colocaram os corpos no Palio e os abandonaram na Estrada da Roseira, em Borda do Campo. Luiz negou a versão dos comparsas e negou que tenha atirado contra Israel e Eduardo. Os presos não souberam dizer para quem entregaram a caminhonete, cujo receptador é procurado pela polícia.

De acordo com a perita Jussara, do Instituto de Criminalística, o local onde os policiais foram mortos é típico de cativeiro. ?Havia sinais de luta corporal, por isso é bem possível que as vítimas tenham tentado reagir. O lugar é tão escondido que as vítimas poderiam fazer qualquer barulho que ninguém escutaria?, contou a perita.

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