No dia em que Andressa de Souza Amaral, 34 anos, faria aniversário, o principal suspeito de tê-la matado foi detido. O companheiro dela, Paulual Miranda Filho, 65, teria cometido o crime por ciúmes e ficou por um mês e 10 dias viajando com o carro de Andressa para se esconder da polícia.
Paulual foi encontrado nas proximidades de Morretes nesta terça-feira (24). As malas dele, segundo a delegada Ana Carolina Castro, da Delegacia da Mulher, já estavam prontas para uma nova viagem. Desde o dia 13 de outubro, quando Andressa foi morta em uma residência no Ahú, ele rodou por outros Estados, como Bahia e São Paulo e só teria voltado para conseguir mais dinheiro.
O Peugeot de Andressa foi levado no dia do crime e estava com alerta de furto. “Ele ficou com o carro o tempo todo, mas tinha todo o cuidado de passar somente em estradas em que não era frequente o monitoramento de radares”, comentou a delegada.
Enquanto esteve fora, Paulual ainda teria tentado vender um imóvel que era de Andressa, em Fazenda Rio Grande. “Ele encaminhou um avaliador de uma imobiliária para tentar levantar dinheiro com a venda desse imóvel”, disse Ana Carolina.
Brutalidade
Andressa teve o rosto desfigurado e a polícia acredita que o instrumento usado tenha sido um martelo. “Ele revelou uma raiva, uma paixão muito forte. Ele não se conformou com a sinalização dela com relação ao término do relacionamento e assinou o crime dessa forma brutal”, afirmou Ana Carolina. Para que o corpo da vítima fosse sepultado, foi necessária uma reconstituição da face.
Para a delegada, “esse caso, com relação à materialidade e a autoria, está resolvido”. No entanto, o suspeito ainda deve ser interrogado e testemunhas serão ouvidas.
Atitude drástica e violenta aconteceu no Ahú. Foto: Arquivo/Átila Alberti. |