Preso suspeito de matar vereador em Fazenda Rio Grande

Os dias de liberdade de Édio de Oliveira Rocha, 23 anos, conhecido como “Edinho”, principal suspeito de ter matado o vereador de Fazenda Rio Grande Valdomiro Francisco da Silva, o “Miro Siqueirense”, em agosto de 2006, acabaram na madrugada de ontem. Ele e Marcelo Alessandro Gonçalves Lima, 33, foram detidos em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), naquele município.

No carro, tinha duas pistolas calibre 380, com numeração raspada, um revólver, calibre 38, lacres plásticos (também utilizados como algemas) e uma máquina de choque.

Os dois foram encaminhados à delegacia local. “Edinho” estava foragido da Colônia Penal Agrícola desde julho do ano passado e será transferido para o Centro de Triagem. Marcelo, que não tinha passagens pela polícia, foi autuado por porte ilegal de arma.

Blitz

Segundo o policial rodoviário Marcelo Cidade, a blitz foi realizada no quilômetro 125 da BR-116. Por volta de 2h, “Edinho”, que era passageiro do Gol placa MCL-9609, viu a movimentação policial, saltou do veículo e tentou fugir no mato, mas logo foi detido.

O investigador Marcos Antônio Gogola, disse que “Edinho”, quando chegou à delegacia, se apresentou com o nome do irmão, mas foi reconhecido pelo investigador Socol, que há vários anos acompanha a sua vida criminosa.

O policial disse que outros crimes são atribuídos ao rapaz e, caso as vítimas queiram fazer o reconhecimento, podem telefonar para a delegacia no número 3627-1402.

Perigoso até pro xadrez

“‘Edinho” é perigoso e não pode ficar com os outros presos na delegacia”, completou Gogola, para justificar a rápida transferência ao CTII. No início do ano passado ele foi preso por roubo e transferido para a CPA, onde cumpriu pena até julho deste ano, quando fugiu. “Logo depois da fuga, começaram os assaltos a ônibus, roubos a residências e outros crimes em que ele era o principal suspeito”, contou Gogola.

Em 10 de dezembro, três suspeitos de assaltos a residências em Fazenda Rio Grande foram presos no Bairro Gralha Azul. No dia da prisão, os policiais estavam atrás de “Edinho”, apontado como líder do bando.

Vereador

A suspeita é que a morte de “Miro” teria sido encomendada pelo seu suplente José Vilmar Luciano, 47 anos, que assumiria o cargo na Câmara. Ele teria arquitetado o plano e sua amiga Carla Adriane dos Santos, contratado “Edinho”, um indivíduo chamado Carlos, conhecido como “Cao”, e um adolescente de 16 anos para matar o político. José Vilmar e Carlos já estão presos no Centro de Triagem e o adolescente, recolhido no Educandário São Francisco. Carla está foragida.

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