O suspeito de assassinar o cabo Argeu Correia de Souza, 35 anos, foi preso na manhã dessa quarta-feira (27), pouco mais de uma semana após o crime. Jonathan Oliveira dos Santos, 20 anos, alega que o policial militar tentou abusar sexualmente dele e, na tentativa de escapar, a arma teria disparado.
O rapaz fugiu levando a pistola, que foi lixada e teve a numeração apagada. Argeu foi encontrado morto na residência onde morava, no bairro Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na terça-feira da semana passada.
A versão de Jonathan é a de que ele conheceu o policial há menos de um mês, na Praça do Verbo Divino. Ele estava fumando maconha com os amigos e foi abordado pelo cabo, que pegou o telefone dele.
No dia do assassinato, o suspeito disse que foi até a casa de Argeu porque ele tinha lhe prometido maconha “de graça”. O policial teria convidado Jonathan para entrar e trancou a porta.
“Ele veio passando a mão e me mostrou uns vídeos de pedofilia. Depois ele tentou vir para cima de mim”, afirmou o suspeito. Argeu teria ameaçado o rapaz com a arma e, durante a briga dos dois, a pistola disparou acidentalmente. “E eu, em choque, dei mais dois tiros nele”, relatou.
Jonathan foi detido na casa de um primo, onde a pistola do policial estava escondida dentro de uma caixa de descarga. De acordo com o delegado Amadeu Trevisan, na casa de Argeu não foram encontradas drogas, o que vai contra a versão do suspeito.
A polícia acredita que o rapaz marcou encontro com o policial com o objetivo de roubar a arma dele. “Ele queria a arma para pagar os traficantes para quem estava devendo no bairro, e estava sendo ameaçado”, disse. O delegado solicitou buscas nos aparelhos celulares e no computador, a fim de obter mais provas técnicas sobre o crime.
