A Polícia Civil de Pinhais prendeu, na manhã de ontem, Tarsis Dias Marques, 23 anos, principal suspeito de ter matado a golpes de faca Marcelo Vilela Vaz, 40. O crime aconteceu em janeiro, e ele só foi apontado como autor do crime porque os investigadores encontraram mensagens ameaçadoras, enviadas por ele, no celular da vítima. Marcelo foi ferido dentro do carro, no bairro Maria Antonieta, e morreu dois dias depois, no hospital.
O delegado Fábio Amaro disse a investigação descobriu que a vítima mantinha um relacionamento amoroso com Tarsis, que, depois dos primeiros encontros, passou a extorqui-lo. “Tarsis, casado e pais de dois filhos, estava saindo com o Marcelo. A vítima queria firmar o relacionamento, exigindo que ele fosse seu namorado. No entanto o rapaz começou exigir dinheiro para manter o segredo sobre sua homossexualidade”, contou o delegado. O delegado disse que Marcelo negou-se pagar e por esse motivo foi esfaqueado, e morto.
Celular
A pista principal para elucidar o crime, foi uma mensagem, mandada pelo celular da esposa de Tarsis para o telefone de Marcelo, cobrando a dívida e fazendo ameaças de morte. Depois de mais de seis meses de investigação, os policiais receberam a informação que ele estava escondido na casa de familiares, no Jardim Paulista, em Campina Grande do Sul. “Ele fugiu para Almirante Tamandaré, quando ficou sabendo que a polícia já sabia que ele era o autor do crime, depois mudou de cidade”.
No interrogatório, segundo o delegado, Tarsis confirmou que estava no carro na hora do crime, mas que havia outra pessoa, que efetuou as facadas. “Ele vai responder por homicídio qualificado, e se condenado, pode pegar de 12 a 30 anos de reclusão”, completou o delegado.
Tarsis já foi preso por tráfico de drogas em Campo Largo e tinha mandado de prisão em aberto, por não pagamento de pensão alimentícia.