No bolso da calça, Fagner Luís Portela da Silva, 22 anos, guardava a notícia de um crime que cometeu em 27 de julho. Foi o recorte da reportagem do Paraná-Online que fez com que a polícia elucidasse o assassinato de Murilo Pereira das Neves, 22. Fagner foi preso, porque estava com rodas de carro roubadas e, depois, pelo assassinato que ele confessou ter cometido.
Às 6h de ontem, policiais militares averiguavam denúncia em uma das casas da Rua Ricardo Emílio Michel, no Morro do Piolho, Cidade Industrial. Lá os policiais prenderam Fagner em flagrante, por receptação. Ele estava com um jogo de rodas aro 18, de um veículo Vectra roubado. Com ele, a polícia também encontrou cinco gramas de maconha e o recorte do jornal.
Levado ao 11.º Distrito Policial (CIC), Fagner contou que sabia que as rodas eram roubadas, mas negou a participação no roubo do carro. Ao ser questionado sobre o recorte que escondia no bolso, ele confessou que havia praticado o crime. Alegou que matou Murilo por conta de uma rixa em família, sem especificá-la, nem o grau de parentesco que tinha com a vítima.
Crime
O assassinato aconteceu por volta das 17h, quando Fagner viu Murilo em uma cancha de futebol, na Vila Augusta, Campo Comprido. Suspeitando que seu inimigo estivesse armado, Fagner atirou nas costas dele. Ferido, Murilo tentou correr, mas Fagner não deu chance para ele. Deu outro tiro nas costas e na cabeça do rival. Quando Murilo caiu, deu um disparo na cabeça da vítima.
Desde então, Fagner escondeu-se na casa da amiga, onde foi preso na manhã de ontem. Ele foi autuado em flagrante por receptação e tráfico de drogas. Com relação ao crime, as informações serão passadas à Delegacia de Homicídios, responsável pelo inquérito.