Sinésio Cândido Pereira foi preso num shopping no Centro Cívico. |
Denunciado por populares, Sinésio Cândido Pereira, 21 anos, acusado de integrar um dos grupos que lidera o tráfico de drogas na Vila Nossa Senhora da Luz, foi preso por policiais do 11.º Distrito (CIC), por volta das 22h, em um shopping no Centro Cívico. O suspeito estava prestando serviços durante a noite em uma das lojas do shopping. Esta é a quarta prisão ocorrida nos últimos dias. Já estão atrás das grades: Luís Fernando Santana Buffa, o “Et”, 21 anos; Dilam Dumke, o “Periquito”, 19, e Marcos Padilha, o “Marquinhos”, 22. Estão com mandados de prisão decretados: Hércio da Silva Neto, mais conhecido como “Neto”; Adriano Francisco Bonfim de Lima, Márcia Maria Dias, Caio Murilo Dias. Além de Marcelo Lima da Costa e Everaldo do Nascimento (foragido do xadrez do 11.º Distrito). Qualquer informação sobre o paradeiro destas pessoas pode ser dada anonimamente para a polícia, através do telefone 347-1122. “Também já identificamos o trio que está executando as pessoas na Cidade Industrial. A prisão é só uma questão de tempo”, disse o delegado Sérgio Taborda, que por enquanto ainda prefere não divulgar o nome dos suspeitos nem a identificação do líder do tráfico na Vila Nossa Senhora da Luz, que é o mandante dos crimes.
Mortes
De acordo com levantamentos realizados pela polícia, além do tráfico de drogas, Sinésio está envolvido em várias mortes. Uma delas é a do contabilista João Felipe Pereira Dozores, 19, ocorrida às 23h20 do dia 5 de julho do ano passado, em uma lanchonete na Rua Guilherme Fugmann. Sinésio, que estava acompanhado de Altair Cordeiro, o “Du Bode” (assassinado no dia 16 de setembro passado); Agenor Piere Neto, o “Nino” (assassinado) e Marcelo Lima da Costa (foragido), queriam matar o rival Altamir Lopes, mais conhecido como “Feio”, mas erraram o tiro, disparado de dentro de uma Caravan, e mataram acidentalmente João Felipe, que esperava um sanduíche. Várias pessoas estavam na lanchonete, mas somente João Felipe foi atingido, justamente por “Nino”, que havia sido baleado meses antes e foi socorrido justamnte pelo rapaz.
Guerra
A guerra do tráfico na Vila Nossa Senhora da Luz começou com o plano de Altair Cordeiro, o “Du Bode” de matar um grande traficante da Vila Nossa Senhora da Luz. Só que a articulação foi descoberta pelo traficante, que agiu rápido, contratou três marginais de alta periculosidade (com diversas passagens pela polícia e que deixaram o xadrez recentemente), para que eliminassem o mentor do plano.
José Rafael de Paiva, 21, foi quem ajudou os matadores a localizarem “Du Bode”, que pouco antes de ser eliminado, passou pela Vila Nossa Senhora da Luz, em frente a casa da ex-traficante “Evinha do Pó” (assassinada no início de 2.002, na mesma vila). José Rafael estava morando ali e avisou os criminosos, que não demoraram a executar a vítima. A vingança veio três dias depois, quando os comparsas de “Du Bode” invadiram a casa e mataram José Rafael com mais de 30 facadas. Depois levaram o corpo, enrolado em uma colcha, até um esgoto a céu aberto, na Rua Rui Fonseca Itiberê da Cunha, na Cidade Industrial, e o desovaram.
Mais prisões em São José dos Pinhais
Com num “efeito dominó”, a Polícia Militar de São José dos Pinhais utilizou um usuário de crack para prender acusados de comercializar a substância. A principal peça do esquema seria Paula Gisele Rocha, 25 anos, mulher de um presidiário que cumpre pena pelo mesmo crime.
As prisões partiram de uma abordagem de rotina na Rua Hortência, bairro Santa Fé, às 23h15 de terça-feira. Um homem de 37 anos foi flagrado com duas buchas de crack e acabou revelando aos policiais do 17.º Batalhão o nome e o endereço do vendedor.
No local indicado, a PM localizou um tubo com 17 pedras de crack e prendeu em flagrante Maria Aparecida de Souza, 44 anos, e o filho Emerson dos Santos Carvalho, 25, acusados de portar a droga. Estes por sua vez, contaram que o material fora adquirido de uma certa Paula, e levaram os PMs à casa da suposta fornecedora.
A residência de Paula, no Jardim Itajubá, escondia mais cinco invólucros contendo crack, totalizando 50 gramas da droga. De acordo com os policiais, Paula declarou que revendia o entorpecente para sustentar o filho.
Disque-droga
Paula é mulher de Antônio Lauro Ribeiro, 29 anos, preso em janeiro. Ele e outros quatro homens foram acusados de integrar uma quadrilha que entregava crack e maconha em domicílio em Curitiba, Região Metropolitana e até no Litoral -um autêntico “disque-droga”. À época, a DP de São José dos Pinhais apreendeu 790 gramas de crack, 155 gramas de maconha, vários aparelhos eletro-eletrônicos e até esmeraldas no suposto “quartel-general” do grupo, no Jardim Independência. “Paula manteve a atividade do marido”, falou o superintendente da delegacia, Altair Ferreira.
Maria Aparecida, Emerson e Paula foram autuados em flagrante por tráfico de drogas, e o usuário assinou termo circunstanciado por porte de entorpecente.